A aplicação de multas em Campinas foi parar até no Ministério Público, que ofereceu denúncia contra o secretário de transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro, por improbidade administrativa, principalmente por causa das multas aplicadas por ele próprio. A maioria dos vereadores da Câmara de Campinas, no entanto, considera desnecessária a investigação do caso.
A CPI da Emdec foi engavetada por não ter conquistado as 11 assinaturas necessárias para ser instaurada. Para o advogado, Cláudio Vieira, a aplicação de multas em Campinas deveria ser investigada, pois afirma ter perdido a conta das vezes que foi multado sem motivo.
A população de Campinas considera eficiente o trabalho dos agentes da Emdec, que demonstram boa vontade na orientação dos motoristas e pedestres, mas no momento de aplicar multas, não faltam exemplos de motoristas que se consideram lesados. A corretora de imóveis, Viviane Faria, alega ter sido multada por estacionar em local proibido, sem que isso realmente tenha ocorrido.
A atendente de lanchonete, Marcia Faustino, recebeu multa por excesso de velocidade num local onde não havia placas de sinalização. O Taxista, Hélio Strongren, conta ter com autorização para desembarcar cadeirantes em locais proibidos e mesmo assim foi multado.
Muitos recorreram, mas não conseguiram o reembolso. Jailson Vieira Santos e Palmira Bezerra tem uma parente que recebeu multa por utilização de aparelho celular ao volante, sem que isso tenha ocorrido. O pedido de abertura da CPI da Emdec foi feito pelos vereadores do PSD, Tenente Santini e Marcelo Silva.
