Gustavo de Godoy continua foragido desde que recebeu ordem de prisão temporária, no dia 22 de novembro, sendo o único dos oito mandados de prisão expedidos pela Justiça durante a 3ª fase da Operação Ouro Verde que não foi cumprido. Gustavo é filho de Sylvino de Godoy, dono do Jornal Correio Popular, que também foi um dos alvos da 3ª fase da Operação. Sylvino recebeu a ordem de prisão na casa dele, no Gramado, em Campinas, e foi encaminhado ao Hospital da PUC, após passar mal.
Gustavo é médico radiologista, proprietário de uma empresa de radiologia que foi contratada pela Organização Social Vitale, que administrava o Hospital Ouro Verde, na época. Uma contratação que teria sido mediada pelo pai. Em troca, Sylvino teria prometido omitir nos veículos de comunicação que comanda notícias sobre uma suposta ligação da administração municipal com o desvio de recursos públicos pela Vitale. Esse acerto foi revelado na primeira fase da operação.
Gustavo de Godoy seria também responsável, segundo o Gaeco, por um esquema de troca de apoio, superfaturamento de serviços de imagem e pagamentos de propinas a diretores da Vitale, num esquema de recebimento de cargo através de vantagem indevida. A Defesa de Gustavo alega que o mandado ainda não foi cumprido porque seu cliente se encontra fora de Campinas, no entanto afirma que o investigado continua disposto a contribuir com a investigação, com pleno interesse em se apresentar espontaneamente.
Afirma ainda que ao longo da investigação, o investigado em momento algum agiu de forma a prejudicar ou interferir no trabalho realizado pela promotoria de Justiça, estando sempre colaborativo e presente. Ainda de acordo com a Defesa, o investigado aguarda designação de dia e horário para a sua apresentação espontânea, diretamente no Gaeco, garantindo que até sua apresentação, manterá o mais absoluto distanciamento de qualquer pessoa ou prova vinculada aos fatos sob apuração.
