Gustavo Khattar de Godoy, um dos alvos da 3ª fase da operação Ouro Verde, se entregou à Polícia na manhã desta segunda-feira. Ele estava foragido desde o dia em que foi expedido seu mandado de prisão temporária, em 22 de novembro. Ele foi recolhido na cela anexa ao 2º. Distrito Policial de Campinas, onde se entregou às 9 da manhã.
No local, ele deverá cumprir os cinco dias da prisão temporária, contados a partir do dia que se entregou. Gustavo é filho de Sylvino de Godoy, dono do Jornal Correio Popular, que também foi um dos alvos da 3ª fase da Operação e está no Hospital da PUC porque passou mal ao receber a ordem de prisão.
Já o filho, Gustavo, é proprietário de uma empresa de radiologia que foi contratada pela Organização Social Vitale, que administrava o Hospital Ouro Verde, na época. Uma contratação que teria sido intermediada pelo pai, que em troca teria prometido omitir nos veículos de comunicação que comanda notícias sobre uma suposta ligação da administração municipal com o desvio de recursos públicos pela Vitale.
O promotor do Gaeco, Daniel Zulian, explica que Gustavo seria ainda responsável por um esquema de troca de apoio, superfaturamento de serviços de imagem e pagamentos de propina a diretores da Vitale. Gustavo se entregou acompanhado pelo advogado dele, Ralph Tórtima Filho, que alega abuso de poder e classificou como arbitrária a prisão de ambos.
O promotor do Gaeco, no entanto, Daniel Zulian, afirma que a ordem de prisão foi autorizada pela Justiça, baseada em evidências de participação em um esquema de recebimento de lucro indevido. A Defesa alega ainda que ao longo da investigação, em momento algum Gustavo agiu de forma a prejudicar ou interferir no trabalho realizado pela promotoria de Justiça, estando sempre colaborativo e presente.
