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Atirador da Catedral planejava chacina desde 2008, afirma polícia

A Polícia Civil afirmou que Euler Fernando Grandolpho, que matou cinco pessoas e depois cometeu suicídio dentro da Catedral de Campinas,já planejava a chacina desde 2008. A conclusão foi baseada em textos, fotos e vídeos encontrados na casa do assassino. Em um dos textos, o atirador escreveu:  “A chacina está programada desde o fim de 2008,  quando eu tinha mais consciência dos valores e me perguntava o que essas aberrações estão fazendo.” 

Grandolpho dizia ainda que precisava fazer algo, que na visão dele seria grandioso, como um massacre. As investigações concluíram que o assassino tinha problemas psicológicos e que tinha mania de perseguição. Euler Fernando Grandolpho deixou ainda vídeos e áudios gravados, onde já planejava a tragédia. Em um deles ele lamentava que um massacre era a única solução para os seus problemas. Em outro áudio, Grandolpho dizia que seria lembrado pelos homicídios.


 ‘Minha alma vai ficar em paz’, diz atirador

Para a polícia, não há mais dúvidas de que o atirador premeditou o crime e agiu sozinho. Em outros trechos divulgados pela investigação, Grandolpho disse: “Sei que posso voltar ao mercado de trabalho com um pouco de dedicação aos estudos, porém a necessidade da punição, massacre, é maior e mais importante do que a própria vida.”  Ele também escreveu: “Se vocês conseguirem descobrir quem é que fica fazendo ruídos no meu quarto já será uma grande coisa. E eu ainda serei o vilão de tudo isso. Só rindo.” 


Em áudio, Euller Grandolpho fala sobre cometer o ataque

Para o delegado responsável pelo caso, José Henrique Ventura, fica claro que o atirador agiu sozinho, que já planejava a chacina há pelo menos 10 anos e que já tinha as armas há algum tempo. A investigação descobriu ainda que Euler Fernando Grandolpho viajou três vezes ao Paraguai, onde possivelmente comprou a arma usada no crime. Na casa dele, a polícia encontrou também algumas fotos dele manuseando os armamentos e fazendo treinamento. Ainda há dois vídeos que mostram o atirador em casa, em Valinhos, no dia do crime. Nas imagens, ele mostra um rádio fora do ar, às 10h28 e depois navega na internet às 11h04. Logo em seguida, ele tomou um ônibus e foi para Campinas. Ele começou a atirar dentro da Catedral por volta das 13 horas.

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