A Comissão Processante que apura se o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, foi omisso no esquema de desvio de verbas da saúde pública, tem até a próxima quarta-feira, dia 26, para decidir se continua ou não com os trabalhos.
O período de cinco dias corridos para a análise e deliberação dos vereadores que integram a CP é contado a partir do recebimento da defesa prévia. O prazo para a apresentação dos argumentos do Chefe do Executivo vence nesta sexta, dia 21.
O vereador Luiz Henrique Cirilo, do PSDB, preside o processo e explica que as definições estão no decreto-lei sobre o tema. A Comissão é formada ainda pelo relator, Gilberto Vermelho, do PSDB, e o membro Filipe Marchesi, do PR.
Se as explicações forem consideradas suficientes para o arquivamento, uma votação no Plenário será feita. Caso contrário, a apuração prossegue. A definição vai acontecer exatamente um mês após a aprovação da apuração por 32 votos.
Os integrantes foram escolhidos naquele mesmo dia através de sorteio. Desde então, analisaram as provas produzidas nos autos e nomearam oficialmente três servidores da diretoria e três procuradores da Casa para auxiliar os trabalhos.
Além disso, se reuniram com o advogado do prefeito no último dia 13. Na reunião foi feito um acordo sobre o envio de documentos. A intenção, segundo o vereador Cirilo, é permitir que a apuração se desenvolva de maneira imparcial.
O pedido de abertura da Comissão Processante foi feito pelo vereador Marcelo Silva, do PSD, que também é autor da peça acusatória. A denúncia apresentada se baseia na investigação dos promotores do Gaeco do Ministério Público.
A operação sobre os desvios de cerca de R$ 25 milhões do Hospital Municipal Ouro Verde acontece há mais de um ano, resultou em três fases e culminou na prisão de empresários e de um integrante do primeiro escalão do governo.
