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Defesa recorre ao pedido de prisão preventiva do dono do Correio Popular

Presidente do grupo RAC e dono do Correio Popular, Sylvino de Godoy Neto (Foto: Divulgação/Fernanda Sunega-Prefeitura de Campinas)

A Defesa de Sylvino de Godoy, Presidente do Grupo RAC de Comunicação, dono do Jornal Correio Popular, recorreu do pedido de prisão preventiva do empresário e solicitou Habeas Corpus sob a alegação de que são falsas as justificativas do Ministério Público. De acordo com o MP, Sylvino teria, durante o cumprimento do mandado de prisão temporária, solicitado que sua filha ligasse ao jornal que comanda, determinando que publicassem matéria para atingir o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Segundo o documento subscrito pela promotoria de justiça, a matéria teria sido veiculada com a manchete “Prisão de Promotor atinge Comdema”, o que evidenciaria o propósito de constranger o Ministério Público e seus integrantes, além de sinalizar uma disposição do empresário de tumultuar a investigação. A Defesa de Sylvino alega que tais afirmativas do Ministério Público revelam grave equívoco, tendo sido usada como justificativa para a decretação da prisão cautelar.

Alega que tal matéria foi produzida e publicada no dia 21 de novembro, na versão eletrônica do jornal e na versão impressa foi veiculada no dia seguinte. O advogado de Sylvino, Ralph Tórtima Filho, afirma que não houve intermediação de Sylvino na publicação da matéria, já que a reportagem já estava circulando antes mesmo do início do cumprimento dos mandados judiciais no dia 22 de novembro.

Outro argumento que a Defesa questiona é de que a alta hospitalar do paciente se deu, “coincidentemente”, após a concessão da liminar de Habeas Corpus em favor de Sylvino, já que no próprio dia do deferimento da liminar, o Hospital da PUC já havia informado ao GAECO que a alta se daria no dia seguinte. A Justiça de Campinas decretou no dia 30 de novembro a prisão preventiva de Sylvino e de outros sete investigados na 3º fase da Operação Ouro Verde, além de outros cinco, investigados em fases anteriores.

Sylvino cumpre prisão em caráter domiciliar até que os esclarecimentos sobre o estado de saúde dele sejam fornecidos pelo Hospital da PUC, onde ele foi internado ao passar mal quando recebeu ordem de prisão. Até esta segunda-feira, o Ministério Público ainda aguardava essas informações médicas. O Hospital da PUC informou que essa informação será fornecida apenas ao MP, e que, portanto, não haverá comunicação oficial à Imprensa.

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