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Prefeitura de Campinas suspende contrato com empresa investigada na Ouro Verde

Foto: Reprodução Google

A Prefeitura de Campinas suspendeu os serviços prestados pela Greenlav Solutions Lavanderia Hospitalar e Industrial às unidades de saúde por manter em funcionamento o estabelecimento com atividade de Toalheiros, sem possuir estrutura físico-funcional adequada para a atividade de processamento de roupas de serviços de saúde e sem observar as boas práticas de funcionamento. Além disso, o Departamento de Vigilância Sanitária, interditou totalmente o estabelecimento localizado na Rua Dr. Elton Cesar, 74 – Chácara Campo dos Amarais.

A notificação à empresa e a suspensão foram anunciadas no Diário Oficial do Município. Ela terá um prazo de 48h, a partir desta segunda-feira, para prestar esclarecimentos. Com isso, a prefeitura deverá fazer uma contratação emergencial, ou seja, sem licitação púbica, para um novo prestador de serviços.

O proprietário da Greenlav Lavanderia é o empresário Felipe Braz Bernardes, preso na terceira fase da Operação Ouro Verde, em meados de novembro passado. De acordo com informações do Ministério Público, a empresa prestava serviços ao Hospital Municipal Ouro Verde através de um contrato que teria sido direcionado e superfaturado.

O contrato entre a prefeitura e a lavanderia é de fevereiro de 2016 e foi fechado no valor de R$ 1.153.000,00. Entre 2017 e 2018, a prefeitura pagou R$ 1.240.743,30 e nesse ano, com o contrato renovado em meados de março, ocasião em que foi reajustado em 2,3%, os custos passaram a R$ 1.269.543,00.

A data de assinatura entre Prefeitura e Greenlav coincide com a época da chegada da Organização Social Vitale, em Campinas, que passou a gerir o Hospital Ouro Verde e que contratou a mesma lavanderia para prestar os serviços na unidade hospitalar, tudo isso no primeiro semestre de 2016.

Até aquele ano, o Hospital era administrado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), entidade responsável pelo hospital desde 2008, por meio de um convênio com a Secretaria de Saúde.

Em nota, a Prefeitura de Campinas disse quenotificou a Lavanderia Greenlav Solutions sobre a suspensão do contrato de lavagem de roupas para as unidades de saúde do município e que a medida foi desencadeada após a interdição da Vigilância Sanitária que ocorreu após vistoria da Visa que constatou que neste momento a empresa está em desacordo com as normas de boas práticas de funcionamento e não possui estrutura física adequada para o processamento de roupas deste segmento.

A administração ainda diz que, quando o contrato foi firmado com a municipalidade, a lavanderia tinha licença da Vigilância em Saúde para atuar neste ramo porque atendia aos requisitos previstos na legislação. A Secretaria de Saúde já iniciou processo para contratar uma outra lavanderia. A pasta está tentando viabilizar a lavagem de roupas entre seus prestadores.

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