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Tribunal de Justiça de São Paulo revoga a prisão do empresário Sylvino de Godoy

Foto: Divulgação

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo revogou na tarde desta sexta-feira a prisão do empresário Sylvino de Godoy, presidente do grupo de comunicação RAC, responsável pela edição do jornal Correio Popular. A informação é do advogado que representa o réu, Ralph Tórtima Filho. O empresário é acusado de participação no esquema que desviou dinheiro do hospital Ouro Verde. Sylvino de Godoy teve a prisão decretada no dia 22 de novembro, mas passou mal quando foi abordado pelos policiais, e foi encaminhado para o hospital da PUC Campinas, onde ficou internado.

O empresário recebeu alta hospitalar no dia 28, às 15 horas, pouco mais de duas horas depois de ter conseguido uma liminar que o autorizou a cumprir a prisão temporária em seu domicílio. Pouco depois, o Ministério Público pediu a expedição de um ofício à diretoria do hospital da PUC Campinas, para que informasse se havia impedimento de ordem médica para que Sylvino de Godoi fosse encaminhado para o sistema penitenciário. Depois do pedido, no dia 02 de dezembro, os advogados que representam o acusado informaram que novamente o empresário passou mal, sendo atendido em casa por um cardiologista, que teria constatado uma nova crise hipertensiva.

Por conta disso, visando saber o real estado de saúde de Sylvino de Godoy, o juiz Caio Ventosa Chaves, da quarta vara criminal de Campinas, pediu o histórico médico do réu. O magistrado requisitou o relatório de atendimento do SAMU realizado ao réu no dia 22 de novembro, acompanhado do laudo do eletrocardiograma. Ele pediu ainda o relatório do médico que implantou o stent, com o laudo referente ao cateterismo que justificou o procedimento e também o prontuário da alta médica concedida pelo Hospital da PUC ao réu, assim como o relatório de evolução da dosagem de enzimas. As partes notificadas têm até 72 horas para apresentar os documentos exigidos pela justiça.

De acordo com o advogado Ralph Tórtima Filho, é fato que Sylvino enfrenta problemas de saúde e não haveria necessidade da justiça requisitar o histórico médico do empresário. Ele afirma que prova disso é o fato do TJ ter revogado a prisão do réu. Segundo o Ministério Público, Sylvino Godoy teria negociado com a prefeitura a contratação de seu filho, o Médico Gustavo Godoy, pelo hospital Ouro Verde, com um salário acima do valor de mercado. Gustavo segue preso.

Depois que seu nome foi citado no esquema, novas escutas telefônicas autorizadas pela justiça flagraram o empresário exigindo que seus funcionários da agência de comunicação fizessem reportagens atacando os vereadores Marcelo Silva e Tenente Santini, ambos do PSD e Pedro Tourinho, do PT. Os parlamentares atuaram na tentativa de abertura de uma CPI para investigar o esquema de desvio de verbas do Ouro Verde e foram responsáveis pela instauração da Comissão Processante que hoje investiga o suposto envolvimento do prefeito Jonas Donizette no escândalo. A justiça entendeu que Sylvino de Godoy teria tentado impedir a ação dos vereadores e por isso teve seu pedido de prisão decretado.

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