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Em ofício, MP reforça relevância de depoimento de delator à CP do Ouro Verde

O Ministério Público de São Paulo recomendou à Comissão Processante da Câmara de Vereadores de Campinas que ouça, e com atenção, a testemunha de acusação Daniel Câmara, um dos diretores da Vitale Saúde, ex gestora do Hospital Ouro Verde. A oitiva está agendada para o próximo dia 29 de janeiro, mesma data e horário de outro diretor da Organização Social, Ronaldo Pasquarelli. A recomendação foi feita através de ofício dirigido ao presidente da Comissão, vereador Luiz Cirilo.

No ofício, o Promotor de Justiça do Gaeco Campinas, Daniel Zulian, disse entender que há interesse público na prestação do depoimento, ao menos do colaborador Daniel Câmara, que tem conhecimento de fatos que podem instruir os vereadores na tomada de decisões.

O próprio MP já ouviu por duas vezes o delator, sendo a última, em São Paulo, em 23 de janeiro. Zulian também ressaltou que, nos termos das obrigações impostas pelo acordo de colaboração premiada celebrado com o Ministério Público, Daniel Câmara não poderá mentir à Comissão, mas terá o dever de relatar os fatos que possui conhecimento.

O promotor ainda disse no ofício que o Gaeco está disponível para acompanhar as oitivas dos delatores.

Daniel Câmara e Ronaldo Pasquarelli foram presos durante a 1º fase da Operação Ouro Verde, em 2017, mas hoje, cumprem prisão domiciliar desde homologação da delação premiada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e passaram a ser considerados denunciados-colaboradores.

No último dia 17, depois de nenhuma testemunha de acusação comparecer à oitiva na Câmara, o autor da denúncia, Marcelo Silva abriu mão de oito testemunhas e pediu a convocação de Câmara e Pasquarelli já que eles estariam dispostos a colaborar desde que as imagens deles fossem preservadas.

Também no dia 29 de janeiro, mas às 8h está previsto o depoimento de Maurício Rosa, cujo nome foi aceito pelo presidente da CP no lugar do dono da Rede Anhanguera de Comunicação, Sylvino de Godoy Neto que não compareceu por motivos de saúde. Rosa foi contratado pelo Secretário de Governo, Michel Abrão Ferreira, para o cargo de diretoria na Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo informações de Daniel Câmara, a função dele seria implantar um esquema de propinas que seriam pagas por laboratórios privados e que teria sido colocado lá para resolver essas questões e “ajeitar” a secretaria de saúde que era deficitária.

Em primeiro de fevereiro, será a vez das testemunhas de defesa  às 14h, mesmo horário do relato do prefeito Jonas Donizette, marcado para o dia 7 do mesmo mês.

A Comissão Processante apura a responsabilidade do prefeito Jonas Donizette nos desvios de verbas públicas do Hospital Ouro Verde. De acordo com o Ministério Público, os desvios podem chegar a R$ 25 milhões.

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