O pedido de arquivamento da denúncia contra o prefeito de Campinas no relatório da Comissão Processante da Câmara foi chamado de “tendencioso” e “inconsistente” pela acusação e foi apoiado pelo advogado de defesa de Jonas.
Para o vereador Marcelo Silva, do PSD, autor do pedido de instauração da CP, o texto que será votado em Plenário ignora os indícios de envolvimento do Chefe do Executivo, Jonas Donizette, do PSB, nos desvios do Hospital Ouro Verde.
Silva leu a versão resumida de 60 páginas do documento e alega que vários itens da investigação do Ministério Público ou do próprio processo na Casa teriam sido deixados de lado. Entre eles, a fala do ex-diretor da Vitale, Daniel Câmara.
Por esse motivo, aposta na interpretação de todos os membros do Legislativo para que Jonas Donizette não seja absolvido como sugere o relatório. Para que ocorra ou não a cassação, são necessários votos de 2/3 dos 33 vereadores.
O advogado do prefeito de Campinas, Marcelo Pelegrini, por outro lado, questiona novamente a tese da acusação e não vê sinais de irregularidades. Por esse motivo, diz que o documento vai de encontro com as oitivas e relatos.
Além de argumentar que as denúncias foram feitas sem as devidas comprovações, cita o que acredita ser um erro de ordenamento jurídico por parte da acusação e ainda questiona a importância da delação de Câmara.
Pelegrini demonstra apoio ao texto entregue pelo relator da Comissão Processante porque não acredita que o vereador denunciante conseguiu provar a omissão de Jonas. Ele cita como exemplo a dificuldade em ouvir testemunhas.
O relatório completo tem 1.825 páginas e a votação está prevista para ocorrer até a próxima quinta-feira, dia 28. A partir de agora, os 33 vereadores decidirão se aceitam ou não o arquivamento pedido pelo documento feito pela Comissão.