O vereador Tenente Santini (PSD) passou a enfrentar mais dificuldades na câmara. Ele é um dos maiores críticos da gestão do prefeito Jonas Donizette (PSB), e já enfrentava problemas para aprovar os projetos que propunha.
Com o provável arquivamento do pedido de afastamento de Jonas, após o relatório da comissão processante julgar a denúncia improcedente, a situação do vereador pode piorar.
Santini afirma enfrentar boicote de vereadores da base governista por suas críticas ao prefeito, e também por ele ter feito uma denúncia de que alguns vereadores estariam ficando com parte dos vencimentos dos funcionários de seus gabinetes.
O vereador falou sobre o assunto na sessão de 20 de fevereiro. Na sessão seguinte, em 25 de fevereiro, os dois projetos que ele propôs que estavam na pauta foram arquivados por decisão dos vereadores da base governista, comandados Luiz Rossini (PV).
Os projetos do vereador que foram arquivados eram voltados para a segurança: Um determinaria que o consumidor apresentasse documento com foto quando fosse fazer qualquer compra com cartão de crédito acima de 350 Ufics, o equivalente a cerca de R$ 1230; e o outro projeto propunha a criação do programa “Adote uma câmera”, no qual empresários poderiam custear câmeras que seriam instaladas nas escolas municipais.
O líder de governo, Luíz Rossini, nega retaliação. O secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, Wanderley de Almeida, o Wandão, citado por Santini como quem teria ordenado a retaliação, afirmou por meio da assessoria de imprensa da prefeitura que “trata-se de um assunto do Poder Legislativo.”
