A dengue avança em Campinas, e um dos principais problemas continua sendo a eliminação dos criadouros do mosquitos Aedes aegypti.
Segundo as autoridades em saúde, qualquer recipiente que acumule água é considerado um criadouro do mosquito. Na maioria das vezes a dengue pode estar dentro de casa. Porém, em bairros da periferia da cidade não é raro encontrar verdadeiros lixões a céu aberto.
Um deles fica na esquina da Rua Dr. José Emanuel Teixeira de Camargo , com a Rua 4, no Jardim Santa Rosa, no Distrito do Campo Grande. O aposentado, Carlos Alberto Pereira, mora perto ao local e diz que o descarta é feito constantemente , inclusive por moradores de outros bairros. A dona de casa, Maria Francisca de Jesus Carvalho, também mora no Jardim Santa Rosa. De acordo com ela a prefeitura, de vez em quando, faz a limpeza, mas o descaso acaba sendo da própria população.
No Parque Floresta, onde há a maior concentração de casos confirmados de dengue a situação não é diferente. No final da rua onde está localizado o centro de saúde do bairro o acumulo de entulho e materiais inservíveis é visível. Segundo o morador do bairro, Manoel Pedro dos Santos, a área foi limpa recentemente, mas dias depois o lixão já estava formado de novo.
De acordo com a Diretora de Vigilância em saúde Noroeste, Cris Sartory, desde 2014 foi instituído em Campinas o comitê municipal de arbovirose. O comitê atua em conjunto com as demais secretarias da administração municipal, entre elas a de Serviços Públicos.
Outra ação realizada é a nebulização para conter o avanço do mosquito, mas segundo ela, o trabalho não surte efeito se os criadouros não forem eliminados.
Além do trabalho conjunto com a secretaria de serviços públicos a Diretora de Vigilância em saúde Noroeste, Cris Sartory, cita que na região noroeste, onde está concentrada a maior incidência de dengue, exitem dois ecopontos na Vila União e no Parque Itajaí, onde os materiais inservíveis podem ser depositados.
O programa Cata Treco, que retirava os materiais nas residências foi desativado.
Resposta
Em nota, a administração municipal ressaltou que a Subprefeitura do Campo Grande faz a limpeza de pontos de descarte irregular com frequência, porém as pessoas continuam usando o local para despejar lixo e entulho, e que, na próxima semana, os dois pontos serão novamente limpos.
A prefeitura disse que no Jardim Santa Rosa, a limpeza havia sido feita há alguns dias e no Parque Floresta finalizado na segunda-feira. A coleta desse material é feita com máquinas e caminhões.
A nota clama para que a população se conscientize e não jogue resíduos em locais que não são para essa finalidade. O lixo no chão traz inúmeros males ao meio ambiente e à saúde, serve de criadouro de mosquitos, além de ser levado pela chuva e entupir as bocas de lobo, essenciais para o escoamento da água da chuva.
Campinas tem coleta de lixo domiciliar, dispõe de ecopontos, nos quais o descarte de materiais diversos pode ser feito gratuitamente e a a Usina Recicladora de Materiais (URM), que recebe grandes volumes de resíduos de construção.
Os endereços dos ecopontos podem ser consultados no: http://www.campinas.sp.gov.br/
Quem for flagrado despejando entulho de forma irregular pode ser multado. A multa é de cerca de R$ 750 para cada tonelada recolhida.
A população pode colaborar e apontar os locais onde há descarte irregular pelo 156 e denunciar os infratores, por meio dos 156 ou 153, da Guarda Municipal.