O Estudo divulgado em Campinas, que aponta um coquetel de 27 diferentes agrotóxicos na água que abastece a cidade, gerou a preocupação do Médico Oncologista, Fernando Medina. Ele lembra que algumas das substâncias encontradas foram banidas em países desenvolvidos.
De acordo com o estudo, 11 destes agrotóxicos estão associados a doenças como câncer, distúrbios endócrinos e defeitos congênitos. Fernando Medina alerta para o fato de serem 27 diferentes tipos de contaminantes, que, combinados, podem potencializar o risco. O levantamento foi obtido no Ministério da Saúde, com investigação conjunta da Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye.
O risco de adoecer de câncer por causa do consumo de produtos contaminantes afeta principalmente os que são geneticamente predispostos à doença. Para Medina, a melhor forma de evitar a contaminação da água por agrotóxicos é reduzir sua utilização, incentivando o acesso a produtos orgânicos e melhorando a Legislação.
A Sanasa informou que o estudo tomou como base normas e padrões suíços, onde algumas substâncias citadas tem utilização proibida e garantiu que a água de Campinas não está imprópria ou contaminada. Informou que trabalha com um rigoroso processo de tratamento de água, que monitora as substâncias para que estejam sempre dentro do limite estabelecido e que vem trabalhando para, cada vez mais, modernizar suas estações de tratamento de água e esgoto.
