O sistema de ônibus de Campinas foi classificado como “ruim” ou “péssimo” por 43% dos passageiros. Ao todo, 400 moradores foram entrevistados. A pesquisa mostrou que 24% da deles considera o transporte na cidade “ótimo” ou “bom”, enquanto uma parcela de 33% o vê como “regular”.
O levantamento foi feito e aplicado pelo INDSAT e leva em conta o nível de satisfação com os serviços públicos no último trimestre do ano passado. Conforme os dados colhidos, usuários de ônibus de 16 a 30 anos são os menos satisfeitos, enquanto pessoas com mais de 50 anos são mais satisfeitas.
Pelas ruas da região central, os motivos para a alta na reprovação são diversos. Entre eles, as condições dos veículos e principalmente a demora. Marco Roberto e Isolete Souza usam os coletivos todos os dias e até dizem entender quando o problema é o trânsito. Ainda assim, reclamam.
A análise do INDSAT vai de 200 a 1.000 pontos. O sistema de transporte de Campinas acumulou 510. Com isso, a satisfação foi considerada média.
Em resposta ao questionamento da produção, a Emdec, responsável pela operação do sistema, respondeu via assessoria de imprensa. No comunicado, citou as obras do BRT, prometidas até meados de 2020, e a instalação do QR Code, finalizada em janeiro deste ano.
Conforme o texto, o sistema será aprimorado com essas mudanças, nas quais inclui a nova concessão do transporte, que ainda é elaborada. A nota justifica que a cidade será dividida em sete áreas operacionais, que serão responsáveis por distribuir melhor todas as linhas de ônibus.
A ideia é ter as chamadas “ligações troncais” com o centro. Já os bairros serão ligados aos corredores pelas chamadas “linhas alimentadoras”.