A Unicamp e a montadora japonesa Nissan assinaram na manhã de sexta-feira, 26, um contrato de parceria para o desenvolvimento de pesquisas sobre o bioetanol como alternativa no mercado de mobilidade elétrica. No evento, o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, e o presidente da Nissan no Brasil, Marco Silva, assinaram o documento que firma a parceria.
O Laboratório de Genômica e BioEnergia da Unicamp ficará encarregado de realizar pesquisas e análises que contribuam com o desenvolvimento de produtos relacionados aos biocombustíveis. O laboratório é reconhecido como um dos principais do país neste tipo de pesquisa, o que é reforçado pelas palavras do presidente da Nissan no Brasil, Marco Silva. “É uma parceria bem interessante do ponto de vista de trabalhar junto com a universidade, com pesquisadores brasileiros desenvolver essa tecnologia, e a Unicamp dá segurança a todos os nossos pesquisadores, toda nossa área de desenvolvimento e pesquisa do próprio Japão, que ficaram encantados com o que viram aqui”.
A parceria faz parte da estratégia da Nissan de viabilizar variadas formas de abastecimento para veículos elétricos, de forma que seja possível atender demandas de vários locais do mundo, de acordo com suas matrizes energéticas. O presidente da montadora no país dá detalhes sobre desenvolvimento projetado com a parceria. “Em termos de pesquisa e desenvolvimento, desenvolvimento do motor, ajustes do motor, ajuste da célula de combustível, que acho que é o mais importante, redução do custo da célula de combustível, pra gente conseguir viabilizar”.
O Reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, afirma que a parceria prevê investimentos da Nissan na pesquisa, e que foi firmado um contrato inicial valido por um curto prazo, mas a tendência é que a parceira seja prolongada. “Estamos começando com um contrato pequeno, prazo, se não me engano é de quatro meses, é um teste muito simples, mas a ideia nossa é ampliar, e por isso veio uma pessoa especializada da Nissan do Japão, e estamos explorando outras possibilidades para fazer um convênio (…) nossa ideia é fazer um convênio maior que eventualmente cresça no futuro”, explica.
A ideia do uso do etanol em um veículo elétrico pode induzir ao pensamento de que o combustível seria aplicado somente em veículos híbridos, porém, este não é o caso, já que não há combustão.
O conceito desenvolvido é a utilização do etanol para para produzir o hidrogênio, por meio de uma reação química. O hidrogênio então abasteceria a célula de combustível que gera a eletricidade necessária para o funcionamento do veículo.
