A Universidade Estadual de Campinas encerrou 2018 com resultados positivos relacionados a contratos de exploração da propriedade intelectual da universidade para empresas.
No ano passado, foram 115 contratos ativos, que geraram receita de R$ 1,7 milhão – valor que é o segundo maior vindo de royalties com transferência de tecnologia para a universidade. A Unicamp terminou o ano com 22 novas licenças firmadas.
O Relatório de Atividades 2018 da Agência de Inovação, que está disponível online, aponta que a Unicamp também firmou 75 novos convênios de Pesquisa e Desenvolvimento com a indústria no período, parceria que investiu R$ 134 milhões no setor empresarial da universidade.
De acordo com o diretor-executivo da Inova Unicamp, Newton Frateschi, são convênios desse tipo que trazem prestígio aos alunos da universidade, além de colocar projetos de inovação no mercado e trazer retorno financeiro à instituição de ensino.
Segundo Frateschi, os contratos já são elaborados visando retorno econômico à Unicamp.
As pesquisas realizadas são, em maioria, voltadas a patentes. São desenvolvidos novos tipos de fibra ótica, nano estruturas para produção de fármacos e alimentos, por exemplo.
Para o diretor-executivo da Inova, o sucesso dos convênios é a prova de que a faculdade e a indústria podem trabalhar em conjunto no desenvolvimento de projetos inovadores.
Também aparecem no Relatório de Atividades da Inova adequações da Universidade em relação a regulamentações federais e estaduais recentes do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, como a aprovação da Deliberação Interna da Unicamp.
A nova Deliberação prevê, dentre outras medidas estabelecidas, a obrigatoriedade da Inova em participar de toda a formatação e negociação de convênios de Pesquisa e Desenvolvimento entre a Unicamp e empresas. A adaptação torna a tramitação dos processos mais ágil, uma vez que a propriedade intelectual, sigilo e exploração da pesquisa ficam sob proteção nas cláusulas do contrato.