Disponível em Campinas desde o início do ano, o serviço de compartilhamento de patinetes está na mira da Emdec e de projetos de lei na Câmara que querem limitar a velocidade e obrigar o fornecimento de equipamentos de proteção.
Enquanto a empresa responsável pelo trânsito da cidade confirma que analisa como criar um regramento para fiscalizar esse tipo de transporte, as propostas de dois vereadores são discutidas e estão em trâmite dentro do Legislativo.
A de Carmo Luiz, do PSC, estabelece velocidades máximas de 6 km/h em áreas de pedestres e de 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas, mas não define como monitorar esses limites. O parlamentar vê necessidade em discutir o tema.
Já a do presidente da Casa, Marcos Bernardelli, do PSDB, quer obrigar as operadoras por aplicativos, Grin e Yellow, a fornecerem equipamentos de proteção, como capacete, joelheiras e cotoveleiras, de maneira gratuita.
A ideia foi questionada pela cicloativista e comentarista da Rádio CBN, Renata Falzoni, que diz que os itens de segurança são de uso pessoal e já devem fazer parte do uso rotineiro de bicicletas e patinetes para deslocamento urbano.
Bernardelli, porém, defende o próprio projeto de lei ao se amparar na necessidade de proteger o máximo possível os usuários e também pedestres. Para isso, diz que vai propor uma emenda para numerar os patinetes.
Pelas ruas, as propostas de regulamentação dividem opiniões. Marcelo Augusto acredita que obrigar o fornecimento de proteção é algo necessário, principalmente para crianças. Nilson Pereira não vê importância nos projetos.
A empresa Yellou disse em nota que acompanha “todos os projetos de regulação” e está em “constante diálogo” com os órgãos para uma regulamentação benéfica. A empresa Grin não respondeu até o fechamento.