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Com mulher concursada e 7 assessores, Santini não vota pacote de bondades

Vereador Tenente Santini (Foto: Divulgação)

Conhecido por adotar uma posição política de oposição na Câmara de Campinas, se posicionando de forma crítica em relação a atual administração municipal, o vereador do PSD, Tenente Santini, adotou uma postura menos combativa na hora de votar o pacote de bondades proposto pela mesa diretora, optando pela abstenção.

Questionado pela reportagem, o vereador Tenente Santini não quis gravar entrevista, alegando que qualquer posição que tomasse poderia ser usada contra ele. A justificativa do parlamentar é de que a esposa dele é servidora da câmara e que não poderia votar sobre o tema.

Ele ainda afirmou que voltará a se abster na votação sobre o mérito da questão. O projeto de lei, aprovado na sessão desta segunda-feira, reajusta em 7,6% o Vale-Refeição, subindo de R$ 1.301,66 para R$ 1.400,58, e estende o benefício para todos os comissionados. A medida vai aumentar a despesa anual da Câmara em R$ 4 milhões ao ano.

A mulher de Santini, Camila Helen Grant, exerce o cargo de Controladora Geral, com salário de 17.694,00, por estar na categoria FG5, que dá direito a uma gratificação de 9.277,06. Além disso, o regime de trabalha de Camila Grant é de 40h e se o projeto de redução de jornada for aprovado passará para 30h, mas sem redução de salários.

Tenente Santini também é um dos 26 vereadores que mantém o quadro completo no gabinete, com 7 assessores comissionados, com salários que variam de R$ 3.532,93 a R$ 12.398,24, e que também terão direito ao vale refeição, com a aprovação do projeto.

Resposta

Posteriormente, no final da manhã desta quarta, a assessoria do vereador Tenente Santini entrou em contato com a CBN Campinas, via whatsapp, e enviou a seguinte nota:

“Em resposta à matéria da CBN e com intuito de estabelecer a verdade na votação ocorrida na sessão de ontem, informo que o artigo 173 do Regimento Interno da Câmara define as situações em que o Vereador DEVERÁ se abster, caso que se aplica nesta situação, uma vez que minha esposa, Camila, é servidora concursada desde antes da minha posse como Vereador e, além de advogada, possui 1 pós-graduação.

Classifico a reportagem como tendenciosa e com único intuito de atacar minha imagem e desqualificar meu trabalho como Vereador que fiscaliza o dinheiro público e denuncia a corrupção instalada na cidade de Campinas, o que faço por entender que é o correto e não para obter votos ou publicidade.

Informo também que desde o início do mandato não utilizo o carro oficial, não fiz indicações políticas para cargos na Prefeitura e que o meu gabinete utiliza minimamente os recursos materiais e demais cotas da Câmara Municipal, além de doar integralmente meu salário para Policiais e seus familiares que necessitam de algum tipo de auxílio.

Por fim, entendo a linha editorial do Grupo Globo que, como em âmbito nacional, busca diariamente atacar Presidente Jair Bolsonaro e os políticos de direita.”

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