Para o vereador e presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Campinas, Pedro Tourinho, do PT, a série de medidas anunciada pelo presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, não garante a melhora no sistema público.
Apesar de elogiar a iniciativa, o parlamentar teme que a criação das salas de atendimento rápido nos hospitais municipais Mário Gatti e Ouro Verde, nos PAs Campo Grande e Anchieta e na UPA São José sature ainda mais essas unidades.
Para ele, a agilidade no recebimento de pacientes de menor gravidade pode esvaziar a saúde básica e saturar ainda mais os locais de urgência e emergência, que costumam registrar muita demora e estão sobrecarregados atualmente.
O anúncio do pacote de mudanças acontece em meio às altas de casos de síndrome respiratória aguda grave em crianças e da terceira maior epidemia de dengue da história, apontadas como responsáveis pela saturação da saúde.
E o panorama faz o presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, ressaltar a necessidade de evitar que moradores com problemas mais simples e de menor urgência e gravidade se dirijam às unidades que formam a Rede Mário Gatti.
Por isso, segundo ele, uma campanha de esclarecimento será feita e também faz parte das mudanças adotadas no sistema municipal. O objetivo da medida é detalhar e orientar a população sobre quais situações devem ser priorizadas.
Uma das alterações anunciadas permite que o cadastro feito em um dos locais da rede seja válido também para as demais unidades, o que pode representar a redução no tempo de espera do paciente para o atendimento e o tratamento.
Outro item proposto envolve a criação de uma equipe de voluntários para fazer o pré-acolhimento assistencial ainda na chegada do morador na recepção do hospital. O grupo vai atuar para responder questionamentos e tirar dúvidas.