A decisão do vereador, Jorge Schneider, do PTB, de retirar o pedido de abertura de uma Comissão Processante contra o vereador Tenente Santini, do PSD, se deu em meio a discursos acalorados de vereadores e de intensa manifestação dos apoiadores de Santini que estavam no público.
O objetivo da CP seria a de apurar as acusações feitas por Santini de que parlamentares da casa teriam ligação com organizações criminosas, sem especificar nomes. Schneider alegou ter desistido do pedido para evitar mais desgastes na Câmara, diante da posição de diversos parlamentares de não terem votado na sessão de segunda-feira, que precisou ser encerrada.
No momento de anunciar a decisão, Schneider foi hostilizado pelo público. Irritado, ele comparou o comportamento do público com os militantes do PT, o que por sua vez, causou a reação do vereador do PT, Pedro Tourinho. Após o público se acalmar a pedido de Santini, Schneider conseguiu anunciar sua decisão. Os vereadores que fazem a linha de defesa de Santini aproveitaram a oportunidade para exaltar a atuação do colega na Câmara, como fez Marcelo Silva, do PSD.
Já, Gustavo Petta, do PC do B, apesar de não ser aliado de Santini, justificou sua posição contrária à CP, por considerar não ser este um instrumento adequado para investigação. No entanto, aproveitou o momento para lembrar que se fosse ele o alvo do pedido de CP, talvez o esse cuidado na avaliação do pedido não fosse o mesmo.
Tenente Santini, por sua vez, voltou a falar de supostas denúncias contra vereadores. Só que desta vez citou um nome. O de Paulo Galtério, do PSB, que foi alvo de uma reportagem da Cidade On que flagrou o vereador utilizando carro da Câmara para fins particulares.
A acusação provocou reação de Galtério contra Marcelo Silva, chegando a empurrá-lo por algumas vezes. Em resposta à Cidade On, o vereador afirmou que esteve o dia todo no escritório, que estacionou o carro no local flagrado e que foi direto para a sessão da Câmara de Campinas, nesta quarta.
