Uma mesa redonda para tentativa de conciliação, com mediação do ministério público do trabalho, determinou um prazo de 48 horas para que a empresa Solobrasil resolva pendências trabalhistas e condições de alojamento de trabalhadores da construção civil. A empresa venceu uma licitação para realização de obras para Prefeitura no fim do ano passado, no valor de R$ 1 milhão e 200 mil.
De acordo com o diretor do sindicato da construção civil de Campinas, Paulo Martins, eles foram encontrados em um alojamento, onde dormiam no chão, com pouca alimentação e sem condições de voltar para os seus estados por falta de pagamento de salários e rescisões.
A exploração da mão de obra dos trabalhadores foi denunciada pelo vereador, Carlão do PT. Ele explica que a empresa teria alegado que há um atraso no repasse de verbas por parte da Prefeitura. O representante da prefeitura na mesa redonda, diretor de gestão administrativa orçamentária e financeira, Pedro Costa, garante que tanto a fiscalização quanto o repasse à empresa foram realizados.
Já o advogado da empresa, Ícaro Batista, nega as irregularidades no alojamento, mas admite atrasos no pagamento que, de acordo com ele, serão resolvidos. A mesa redonda foi realizada na Gerência Regional do Trabalho e Emprego e uma nova reunião foi agendada para o dia 5 de setembro, às 10 da manhã.