Nem mesmo com o frio intenso dos últimos dias, com temperaturas abaixo dos 10º centigrados durante as madrugadas, grande parte da população em condição de rua que vive na área central de Campinas prefere permanecer no local do que ir para o abrigo oferecido pela prefeitura.
Segundo a Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos do Município, são 623 pessoas em condição de rua cidade oficialmente cadastradas. Entre elas encontra-se a cozinheira Marines Vieira, de 55 anos, que a quatro anos vive nas ruas da área central. Vindo da região de Araraquara, Anailton Dino, é pintor de paredes e vive nas ruas de campinas a cerca de seis meses. Ele diz que, mesmo com o frio intenso, prefere ficar na rua do que ir para o abrigo. Já Peter Nascimento, também prefere ficar na rua do que ir para o abrigo por conta dos seus cachorros Mosquito e Amarelo.
De acordo com a Secretária de Assistência Social de Campinas, Eliane Jocelaine Pereira, a ajuda é oferecida, inclusive para atender os animais que as acompanham os moradores de rua, mas, muitos não aceitam a oferta de abrigo, pois no local são obrigados a cumprirem regras como, por exemplo, não fazer uso de bebida alcoólica. A secretaria acrescenta que as pessoas em situação de rua não são consideradas incapazes e a lei garante a sua autonomia e o seu direito de ir e vir.
