Quem passa ou trabalha na Rua Francisco Teodoro, atrás da Estação Cultura no centro de Campinas, vê com bons olhos a intenção da Prefeitura em transformar o local em um parque de lazer. Apesar da desconfiança e da expectativa de atraso para que os planos saiam do papel, a população se mostrou favorável ao projeto, que ainda não tem previsão de orçamento ou de conclusão.
Kelly Cristina esperava pelo ônibus em um ponto perto da área e não escondeu o ceticismo, apesar de aprovar a ideia. Já o comerciante Rafael Amazina conta com o aumento do movimento. A proposta foi divulgada pelo secretário de Cultura, Ney Carrasco, no final de julho, após a assinatura do termo de cessão provisória do Governo Federal para a Administração Municipal.
O terreno cedido envolve o prédio histórico da Estação e os demais galpões e construções que compreendem o parque ferroviário na região central e que agora podem receber melhorias. No dia do anúncio, porém, o responsável pela pasta reconheceu que a Prefeitura não consegue bancar sozinha a reforma e detalhou que as obras serão feitas através de uma parceria.
O projeto será desenvolvido com o Instituto Pedra, organização sem fins lucrativos especializada em preservação cultural e deve contar com recursos governamentais e leis de incentivo. Questionada sobre outros detalhes, prazos e datas sobre o chamado Parque Ferroviário Cultural de Campinas, a Secretaria de Cultura não respondeu até o fechamento desta reportagem.