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Pesquisador da Unicamp aponta risco de grave escassez hídrica no Brasil até 2035

Foto: Leandro Las Casas

Setenta e quatro milhões de brasileiros poderão ficar sem água até 2035, mesmo morando num país que possui a maior reserva terrestre de águas superficiais e duas das maiores áreas úmidas do mundo – o Pantanal Mato-Grossense e a Bacia Amazônica – além de vastos reservatórios de água subterrânea. Essa conclusão faz parte de um relatório da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos.

De acordo com Carlos Joly, professor da Unicamp e membro da coordenação da Plataforma, essa abundância de água não garante segurança hídrica para o País porque este recurso natural está distribuído de forma desigual pelo território. Um problema de distribuição que atinge a Região Metropolitana de Campinas e que poderia ser solucionado se houvesse investimento em infraestrutura, o que segundo Joly, não ocorre.

Para Joly, a falta de interesse do poder público é por causa do baixo apelo populista deste tipo de investimento. Outro fator que levou a pesquisa a projetar uma falta de água em 16 anos é a remoção de cobertura vegetal nativa. Joly explica que 80% da cobertura vegetal nativa do Estado de São Paulo foi degradada e com isso os corpos d´água perderam proteção. No caso do Sistema Cantareira, por exemplo, a recomposição da vegetação nativa, poderia reduzir em cerca de três vezes os custos com o tratamento da água.

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