Para vereador, informatização da Saúde é lenta em Campinas

Valéria Hein

Premiada com o título de cidade mais inteligente e conectada do Brasil em 2019 por consultorias de tecnologia, Campinas avança lentamente na informatização da rede de saúde. A opinião é do vereador do PT e presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Pedro Tourinho.

Apesar de elogiar o que considera bons exemplos de uso de ferramentas digitais, ele entende que o atendimento e o trabalho dos funcionários são afetados por esse atraso. Entre os itens nos quais vê progresso, fala da implantação do prontuário eletrônico nas unidades básicas e no Hospital Mário Gatti. Porém, diz esperar mais evolução e projeta que o ideal seria a integração do cadastro e do histórico dos pacientes do município em um só registro, para que os serviços tivessem comunicação total.

Para buscar medicamentos, a página disponível é considerada de difícil acesso. E para marcar consultas, por enquanto, somente o Disque Saúde pode ser usado, pelo telefone 160. E ainda na lista do que precisa melhorar, o vereador Pedro Tourinho chama a atenção para os equipamentos, que são obsoletos na maioria dos lugares.

O problema é que o panorama expõe não só a falta de atualização e troca de computadores, mas também de outros instrumentos básicos de comunicação. Neste caso, Tourinho ressalta que os rádios do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, seguem sem alcance total pelo território da cidade.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que “atualmente disponibiliza ferramentas digitais que permitem o acesso direto da população, tais como a página de busca de medicamentos nos Centros de Saúde”. Sobre o prontuário eletrônico, diz que “o sistema está instalado em 30 centros de saúde”, que “outros cinco receberão em breve” e que as unidades novas ou reformadas já serão entregues “totalmente informatizadas”.

No comunicado, a pasta argumenta que o recurso facilita o “acesso ao histórico de saúde do paciente em qualquer centro de saúde” e que 720 agentes comunitários “estão recebendo tablets para o trabalho de campo”. A ideia, com isso, é aumentar a agilidade, facilitar e ampliar o cadastramento de usuários do sistema municipal, reduzindo o armazenamento de fichas de papel e a saturação de arquivos dentro de cada unidade de saúde.

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