O mercado imobiliário de Campinas vem dando sinais de que deixou para trás uma crise iniciada em 2014, que levou o setor à paralisação, com cortes de lançamentos e contratações. Segundo a pesquisa Indicadores de Registro Imobiliário, divulgada pela Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo (Arisp), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o mercado de compra e venda na cidade cresceu 12,86% de junho de 2018 a junho de 2019, a maior em todo o Estado de São Paulo. No mesmo período, a média estadual foi de 1,55%.
As informações que compõem este primeiro estudo foram levantadas junto aos cartórios, baseadas nos registros de transações imobiliárias de imóveis novos e usados. Foram usados dados de mais de 570 mil registros.
Para o conselheiro estadual do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP) e Vice-Presidente da Habicamp, Douglas Vargas, entrevistado desta semana no Panorama Empresarial do Programa Um a Um com Eduardo Santana, esta pesquisa vem corroborar os números positivos deste ano. Para ele, o desaquecimento nos últimos anos começa a ficar para trás com os últimos números positivos.
“A média estadual foi de 1,55, enquanto que na Capital foi de 2,33, contra um crescimento de 12,86% em Campinas. Está demonstrando o que estamos vendo, com vários lançamentos no mercado”, afirma.
Para ele, outros fatores contribuem para esta retomada, como a queda nas taxas de juros dos financiamentos, por exemplo. “É uma somatória de vários fatores que está culminando nisso”.
Vargas lembra, ainda, que a cadeia da construção civil é o motor da economia, puxando vários indicadores, tanto para cima como para baixo. “Se ela desacelara, o mercado desacelera e, consequentemente, vem o desemprego e causa o caos em quase entramos, mas estamos saindo”
Sobre a redução na taxa de juros dos financiamentos, que vem sendo deflagrada em cadeia pelas instituições bancárias, Vargas vê com “excelente”. Segundo ele, isso permite tanto ao empresário como para a pessoa interessada em adquirir um imóvel se planejar, além de uma maior oferta de crédito para financiamento.
Texto: Marcelo Oliveira – Assessoria de Imprensa do BNI Planalto Paulista