O vereador e Presidente da Comissão de Educação da Câmara de Campinas, Gustavo Petta (PCdoB), quer fazer um amplo debate a respeito do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação. O programa pretende implantar 216 escolas com o modelo de gestão dividida em todo o País até 2023. Em 2020, serão 54 unidades. O foco do programa é ter uma gestão de excelência com uma equipe formada por civis e militares.
O vereador criticou a postura do prefeito de Campinas, Jonas Donizette(PSB), ao aderir ao programa sem a consulta prévia da comunidade educacional. Agora, ele disse que pretende fazer um amplo debate a respeito do assunto já no próximo dia 22. O prefeito defendeu a decisão tomada e disse acreditar que há pais interessados em escolas Cívico-Militares para os filhos. Os governos interessados em aderir ao programa tinham até a última sexta-feira para tomar a decisão. O prefeito comentou que haverá uma discussão com a comunidade escolar para decidir em que escolas o sistema poderá ser implantado. O MEC tem um orçamento de R$ 54 milhões para o programa em 2020, R$ 1 milhão por escola. O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em umas instituições e na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar, reformas, entre outras pequenas intervenções.
Para o vereador Gustavo Petta o que traz qualidade para a educação, não necessariamente é o modelo implantado mas sim a atenção e o investimento que é feito na área. Pelo projeto, os militares atuarão no apoio à gestão escolar e à gestão educacional, enquanto os professores e demais profissionais da educação seguirão responsáveis por questões didático-pedagógicas. As escolas cívico-militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. Os estudantes terão que usar uma farda. Além disso, deverão ter aulas de musicalização e educação moral e cívica com os militares.
