A falta de acessibilidade nas ruas e áreas de lazer de Campinas é evidentes e não é preciso muito esforço para encontrar a falta de equipamentos como por exemplo, rampas para cadeirantes.
Na Rua Vital Brasil, bem próximo ao entroncamento com a Avenida Heitor Penteado existe apenas uma rampa que dá acesso ao calçadão da Praça Arautos da Paz, uma das maiores e mais movimentadas áreas de lazer da cidade. A travessia de um cadeirante se torna impossível, pois , além do canteiro central , não existe rampa do outro lado da rua. O problema se repete a pouco mais de 100 metros onde existe um ponto de ônibus e apenas uma pequena.
De acordo com a assistente Social , Paula Beatriz, a falta de acessibilidade no entorno da área de lazer é completa. A falta de rampas e outros mecanismos de acessibilidade segundo a psicologa, Gislaine Pedroso, não fica restrita ao entorno da Praça da Arautos da Paz.
Sobre a falta de rampas para a travessia de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida na Rua Vital Brasil, bem próximo ao entroncamento com a Avenida Heitor Penteado , a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas, a Emdec, explicou que programou vistoria técnica no local, para os próximos dias.
A falta de acessibilidade nas ruas de Campinas e principalmente nas área de lazer levou a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal a pedir um levantamento a Prefeitura. O requerimento, segundo o presidente da comissão, Carlos Roberto de Oliveira, o Carlão do PT, foi encaminhado no começo de setembro ao prefeito Jonas Donizette. Os prazos, de acordo com o parlamentar, já se esgotaram e nenhuma resposta foi dada. De acordo com o parlamentar, o levantamento que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara está solicitando ao executivo vai compor uma denuncia que será encaminhada ao Ministério Público de São Paulo e também a Órgãos de Direitos Humanos internacionais para que a Prefeitura de Campinas tenha responsabilidade pela falta de acessibilidade no município.
Nota Prefeitura
A Prefeitura informa que criou em 2013 a Secretaria da Pessoa com
Deficiência e desde então tem implementado programas e ações dentro desta
política pública integrando as diferentes secretarias municipais como saúde,
assistência social, urbanismo, educação, serviços públicos, verde e meio
ambiente. Foram implantados os parques inclusivos, garantindo o acesso ao
lazer e a inclusão de crianças com deficiência. Essa é uma diretriz
importante e pioneira como política pública no Brasil. Outro destaque é o
projeto da nova Avenida Francisco Glicério – com piso tátil e rampas, que
deve ser replicado em demais espaços da cidade. Novas edificações públicas
têm sido construídas garantindo acessibilidade. Recentemente, foi inaugurado
o Jardim dos Sentidos, espaço inclusivo de integração com a natureza
estimulando os sentidos como a audição, a visão, o tato e o olfato. Seguindo
as diretrizes da Lei Brasileira de Inclusão e após a aprovação do novo Plano
Diretor e demais legislações urbanísticas recentemente revisadas, requisitos
para o Planejamento da Acessibilidade nos municípios, está em tramitação a
criação do Comitê Técnico que será responsável pela elaboração de um plano
de rotas acessíveis para que as pessoas com deficiência possam acessar em
toda cidade serviços públicos ou privados de grande necessidade. Estes são
alguns dos destaques entre tantos outros que têm sido pensados pela atual
Administração dentro inclusive do conceito de Cidades Inteligentes que
incluem todas as pessoas garantindo acessibilidade.
