Os feriados do ano que vem podem ser responsáveis por um prejuízo de até R$ 1,6 bilhão de reais somente no comércio varejista de Campinas, segundo informações da ACIC. Das 15 datas reservadas para feriados nacionais e municipais, apenas uma cairá no final de semana, o dia 15 de novembro, Proclamação da República, que será num domingo. Os outros serão em dias úteis, de segunda a sexta-feira, o que indica que os dias parados poderão ser ampliados com as tradicionais emendas.
O Ministério da Economia ainda não definiu o calendário oficial dos feriados nacionais. Como o calendário das folgas em Campinas está atrelado à divulgação do calendário nacional, os dias não trabalhados devem superar os 15 dias de folga. O decreto que estabelece as folgas municipais deve ser divulgado na primeira quinzena de janeiro, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal.
Para o economista da ACIC, Laerte Martins, os feriados prejudicam o comércio varejista da cidade porque não há vendas nos dias parados. E segundo ele, a conta da Região Metropolitana de Campinas é bem alta. “Vai significar que deixarão de ser vendidos na RMC R$ 4,1 bilhão. Esse é o impacto do número elevado de feriados na nossa região”, diz.
Os comerciantes também preveem prejuízos com o excesso de feriados no ano que vem. Para Júlio Correa, que tem uma lanchonete no Centro de Campinas, disse que os impactos deverão ser grandes. “O dia que a gente não abre, a gente deixa de vender. A economia já está ruim e desse jeito o impacto no final do mês será grande”. Para quem folga, um feriado é sempre bem vindo. Mas até para essa parcela da população, a parte econômica pesa, como disse Luana Prado.
O maior número de folgas se dá porque 2020 é ano bissexto, com 366 dias. Com isso, feriados que caíram aos fins de semana em 2019 ocorrem na segunda ou na terça-feira em 2020.
