O comércio criou 1.283 postos de trabalho em outubro na Região Metropolitana de Campinas. O número equivale a 94% do total de vagas geradas no mês, 1.362. A tendência é que o panorama se mantenha até o fim deste ano, já que os motivos considerados são a expectativa para o Natal e ainda os saques do FGTS. A opinião é da economista, professora responsável pelo estudo do Observatório PUC-Campinas, Eliane Navarro Rosandiski, que ainda não vê uma recuperação.
Para ela, o crescimento é momentâneo, justamente porque acontece no período de vendas aquecidas no qual as contratações temporárias estão em evidência. “Esse dinheiro que tá chegando na praça é do 13º salário. Ele se esgota. Ainda temos um efeito dos saques do FGTS. Esse tipo de atividade é sazonal. Infelizmente ainda não é um crescimento forte o suficiente”, detalha Eliane. Para exemplificar, a economista cita a indústria, essencial para dinamizar a criação de empregos, mas que seguiu fechando postos em outubro: 289 vagas.
Ainda em baixa no período, a construção civil encerrou 217 oportunidades, interrompendo a tendência positiva observada no primeiro semestre de 2019. Os cargos criados foram ocupados principalmente por jovens de 18 a 24 anos, o que demonstra a substituição por mão-de-obra mais barata, em média 20%. Campinas criou 268 postos. Os resultados foram satisfatórios ainda em Hortolândia, Paulínia e Valinhos. Indaiatuba teve saldo negativo de 124 vagas.
