Ouça ao vivo

Unicamp debate efeitos da fake news na meteorologia

Foto: Flávio Botelho

As fake news têm gerado uma série de problemas e transtornos, tanto para a população, quanto para os departamentos de Defesa Civil e  e de meteorologia. A questão foi debatida no Fórum Fake News na Meteorologia, organizado pelo Cepagri da Unicamp. O evento reuniu nesta quarta-feira, dia 27, estudantes, pesquisadores, jornalistas, representante da Defesa Civil de diferentes cidades e do próprio Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura.

Segundo os organizadores, a proposta foi contribuir para a melhor compreensão sobre a problemática e de como este fenômeno pode ser enfrentado pela sociedade. De acordo com a pesquisadora do Cepagri, Ana Ávila, a meteorologia trabalha com incertezas de eventos climáticos. As notícias falsas acabam desacreditando o trabalho e, consequentemente, colocando em risco a população. “Então, quando a gente tem fake news, atrapalha porque cai em descrédito. A fake news gera pânico e na verdade a gente precisa tratar o assunto de forma séria”, defende ela.

De acordo com Sidnei Furtado, coordenador da Defesa Civil de Campinas, os órgão de Defesa Civil trabalham diretamente com os centros meteorológicos e  com a emissão de alertas. O problema, segundo ele, é que os criadores das notícias falsas potencializam as informações nas redes sociais. Ele faz questão de frisar que o objetivo do alerta não é gerar pânico. A recomendação para fugir das fake news é sempre consultar a Defesa Civil pelo telefone 199, ou pelo site oficial do órgão – www.resiliente.campinas.sp.gov.br. “Qualquer alerta que a Defesa Civil recebe é publicado. A intenção é que a pessoa tenha uma preparação maior. Quem faz fake news adora uma tragédia e é isso que nós queremos acabar”, diz.

A geração de boatos ou notícias falsas não é prática recente na sociedade e existe desde os primórdios. Entretanto, segundo o jornalista José pedro Martins, a forma e a velocidade com que esses conteúdos são propagados atualmente constituem fenômeno novo, com implicações frequentemente graves para instituições e pessoas. Em sua opinião, a fake news enfraquece as instituições. Como exemplo, ele cita o caso recente do INPE, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais sobre as queimadas, quando o próprio Governo Federal divulgou informações falsas que desacreditaram os trabalhos científicos do órgão que apontavam o aumento considerável de queimadas na floresta amazônica.

Compartilhe!

Pesquisar

PODCASTS

Mais recentes

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.