Indaiatuba registrou oito homicídios dolosos e um latrocínio até o início de novembro. São nove mortes violentas em menos de 11 meses, acima do total registrado em 2018, com sete homicídios dolosos, mas sem caso de latrocínio.
Nos últimos 15 dias, foram quatro mortes violentas. No primeiro crime, um homem foi preso no Jardim Paulista após matar outro a pauladas. No segundo, no Jardim Tancredo Neves, a vítima foi espancada, mas ninguém foi detido.
Já na região do Campo Bonito, um homem foi morto a tiros, mas não há suspeitos. No latrocínio, um idoso de 60 anos foi morto na Vila Avaí após se assustar depois que a casa foi invadida na madrugada. Os ladrões fugiram.
Questionado, o secretário de Segurança Pública, Sandro Bezerra Lima, afirma que a região sul, área que concentra as últimas ocorrências, já recebeu um reforço na segurança. Ele atribui a alta ao crescimento populacional em 18 anos.
“Em 2001, houve aí um aumento da população de 33%. E os três últimos homicídios aconteceram na região sul da cidade, que sempre teve mais atenção por ser mais populosa e estar crescendo. Temos mais viaturas e guardas civis em atenção patrulhando essas ruas”, argumenta.
Funcionário de um minimercado na região central do município, um jovem que não quis se identificar relatou que o comércio foi alvo de um roubo recentemente. Ele reconhece que o clima de insegurança aumentou na cidade.
“Com certeza. Dá uma insegurança, por mais que eu veja as viaturas passando aí direto. Mas a qualquer momento estamos sujeitos a um assalto. Até mesmo dentro de casa. O perigo é constante né?”, comenta.
Paralelo a isso e em contrapartida, os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, colocam Indaiatuba como a segunda cidade menos violenta do Brasil, com 3,5 homicídios por 100 mil habitantes. O resultado foi publicado no início do semestre e mostra outra cidade da região metropolitana: Valinhos teve taxa de 4,7. O chamado Atlas da Violência 2019 analisou 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
