Um pulmão gigante inflável foi instalado na Praça José Bonifácio, em frente à Catedral Metropolitana de Campinas nesta terça-feira, dia 26, para alertar a população sobre o câncer de pulmão. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pulmão é a segunda maior incidência na população masculina com uma média de 18 mil novos casos por ano. Entre as mulheres, a média é de 12 mil e a incidência fica em quarto lugar.
Junto ao pulmão gigante, foi montando também um estande com médicos e enfermeiros para fazer teste pulmonar de graça na população. O porteiro Ademir Pereira, passou pelo local e aproveitou para fazer o exame. O resultado, segundo ele, foi excelente. “Não tem que procurar médico por enquanto, graças a Deus”, comemora.
O exame feito pelo porteiro é o de espirometria. O teste feito em um aparelho descartável qualifica o ar que a pessoa assoprou e também a velocidade. Com isso, são calculados eletronicamente os indicadores de como está o funcionamento do pulmão. Se o resultado indicar alguma alteração, a pessoa é orientada a procurar um centro de saúde para fazer novos exames. Foi o que aconteceu com o militar aposentado Aparecido Pereira da Silva. “Deu uma pequena alteração e é bom dar uma acompanhada”, diz.
Segundo o oncologista clínico Vinicius Conceição, do Grupo SOnHe, na fase inicial, o câncer de pulmão é uma a doença silenciosa e não causa qualquer sintoma, o que acaba dificultando o diagnóstico. Cerca de 80 % dos casos são descobertos na fase mais avançada. Um dos grandes vilões da história, de acordo com o oncologista, é o cigarro. “Não só do pulmão, mas de vários outros órgãos. Cigarro é um dos grandes males do tempo moderno”, afirma. A doméstica Leile Carvalho, tem 41 anos e fuma há 30. Depois de fazer o teste, ela explicou que vai se esforçar para deixar o vício. “Pelo fato de eu ser fumante, tenho que procurar um acompanhamento, ou parar de fumar né?”, conta.
Segundo os profissionais da oncologia, os dados mostram que cerca de 85% dos casos diagnosticados de câncer de pulmão estão associados ao consumo dos derivados do tabaco. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), sete milhões de mortes ao ano ocorrem por doenças causadas pelo cigarro, sendo 12% dessas mortes em fumantes passivos.
