A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas espera a Justiça após a suspensão da nova licitação dos ônibus e não sabe quando vai poder retomar o processo. Mas, enquanto isso, quer receber dúvidas e sugestões da população. Para isso, foi lançado um site e cédulas serão distribuídas pela cidade. As medidas buscam atender justamente as contestações que motivaram o embargo. Entre elas, a falta de participação popular alegada pelo Ministério Público.
Para o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro, os questionamentos das empresas interessadas e dos promotores foram respondidos, mas diz não ter como definir data para a retomada do processo. “Nós não temos esse controle de prazo. As entidades que solicitaram o embargo do edital tiveram várias questões. Nós respondemos todas. Então o que a gente espera é que agora isso seja analisado com a maior celeridade possível”, afirma.
Os moradores terão até o dia 7 de março para enviar opiniões e perguntas sobre o novo contrato do transporte público. No site lançado pela Emdec, há espaço para consultar dúvidas frequentes, mas também para formular novas questões. O conteúdo ainda traz detalhes do edital. Entre eles, a garantia de manutenção das tarifas atuais, de R$ 4,55 para o Bilhete Único Comum, e de R$ 4,95 com QR Code e Vale Transporte, mais acréscimo de R$ 0,40 na segunda integração.
Esse item, inclusive, é defendido por Barreiro como um dos principais diferenciais para promover a competitividade aos operadores do novo sistema. Os valores foram mantidos, segundo ele, através de muito estudo e análise. “Nós fizemos essa modernização através de muita engenharia técnica e financeira. E a taxa interna de retorno para o operador é de 9,56%. Então, a tarifa é essa nas condições atuais, preservando as duas horas de integração”, diz.
O cidadão interessado pode acessar o link emdec.com.br/novotransporte, ou preencher as cédulas que serão distribuídas por Campinas. Os papéis podem ser depositados em urnas espalhadas por pontos como o Poupatempo e a Transurc. O sistema a ser implantado dividiu a cidade em seis regiões, além da Área Branca, onde só vão circular ônibus não poluentes. A concessão é estimada em R$ 7,4 bilhões em 15 anos e exige investimentos previstos em R$ 870 milhões.
