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Centro Esportivo tem sinais de abandono em Campinas

Foto: Leandro Las Casas

O mato tomou conta das quatro quadras de tênis e parece faltar manutenção em duas piscinas do Centro Esportivo de Alto Rendimento de Campinas. No alojamento para atletas, somente algumas das cerca de 100 casas são usadas atualmente. Em contrapartida, a pista de atletismo tem boas condições. Este é o resumo do que a reportagem encontrou na primeira visita ao local desde agosto de 2018. De lá pra cá, o abandono parece ter aumentado.

O coordenador da Organização Funilense de Atletismo, núcleo de treinamento do Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima, Evandro Lázari, falou com a CBN. Segundo ele, a Orcampi cuida da pista, assim como de 13 moradias do centro esportivo. As demais estruturas seriam de responsabilidade da Prefeitura. No conjunto de casas, é possível notar que algumas estão habitadas e bem cuidadas. Mas a maior parte das construções está destelhada e sem portas.

“Nós temos, cedidas pela Prefeitura de Campinas, 13 casas para a Orcampi. E os atletas vinculados ao instituto são responsáveis pelo custo da manutenção, água e energia. E a gente procura dar a maior assistência possível”, diz o treinador.

Em nota, a Secretaria de Esportes de Campinas prometeu um chamamento nos próximos dias para oferecer a entidades esportivas as casas que estão vazias. Conforme o texto, uma avaliação anterior deu o aval para o uso de 30 unidades existentes para atletas, assim como a possível demolição de 35 imóveis. No momento, esclarece ainda que são 25 unidades cedidas para entidades, sendo 13 para a Orcampi, e que as entidades são responsáveis pela manutenção.

Sobre as quadras de tênis, a Pasta argumenta já ter comprado saibro novo e afirma ter agendado para janeiro a reforma de duas quadras do esporte. Para isso, segundo a nota, duas entidades foram cadastradas pela Prefeitura para uso do espaço em projetos sociais ao longo do próximo ano. Sobre as piscinas, justifica que o tanque de salto está no processo de decantação e que a semiolímpica está em manutenção corretiva devido a vazamento. Na piscina olímpica, há dois meses foram concluídas as obras de troca das grelhas de coleta de água e revisão da casa de máquinas e do sistema hidráulico.

O comunicado defende, por fim, que, quando o Centro Esportivo de Alto Rendimento, foi criado, o custeio deveria ser feito pelo Governo Federal. Na época, a expectativa era de que cerca de R$ 4 milhões seriam repassados anualmente pelo Ministério do Esporte para manutenção, o que não ocorreu. Com isso, a Prefeitura gasta mensalmente com manutenção R$ 48 mil. São mais de R$ 500 mil por ano, que saem do orçamento da Pasta de Esportes e Lazer.

A secretaria alega que os projetos recebem recursos e que, em cinco anos, repassou R$ 455 mil do Fundo de Investimento do Esporte Amador a Orcampi. No período, foram investidos, também por meio do fundo, mais de R$ 510 mil, na Associação Paralímpica Campineira em projetos que incluem ações no local.

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