De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia, 437 postos de trabalho foram fechados no mês de novembro pela indústria da construção civil da Região Metropolitana de Campinas. Novembro foi o quarto mês consecutivo na RMC com número de demissões superando as contratações no setor.
Do total de 20 municípios, 10 fecharam o penúltimo mês do ano com saldo negativo. Indaiatuba foi a cidade com o pior desempenho: eliminação de 277 vagas. Na sequência, aparece Campinas, com 129. Entre as razões, segundo o presidente da Associação das Empresas do Setor Imobiliário e da Habitação de Campinas e Região, a Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, estão as novas tecnologias empregadas, que não necessitam de tanta mão de obra. “Nós estamos aí com novas tecnologias no mercado. Tudo pré-moldado, pronto, e não puxa muita mão de obra”, afirma.
Apesar dos dados negativos, no acumulado do ano, ou seja de janeiro a novembro, o saldo de empregados pela construção civil na RMC continua positivo com 1.558 vagas criadas. Para o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, o motivo é a retomada dos investimentos no setor habitacional depois de quatro anos de crise e retração.
Os dados serão conhecidos em janeiro de 2020, porém, a estimativa dele é de um crescimento de 30% no número de lançamentos imobiliários em 2019, principalmente os voltados para as classes A e B. De acordo com o presidente da Habicamp, a expectativa para o começo do ano é bem otimista, pois está previsto a liberação de uma série de projetos imobiliários por partes das prefeituras dos municípios que compõem a RMC. “As promessas envolvem liberação de plantas aprovadas”, diz.