Mestre do chorinho, requintado improvisador e pioneiro da linguagem musical brasileira esse foi Alfredo da Rocha Vianna, o nosso Pixinguinha, um dos maiores nomes da música brasileira de todos os tempos.
Pixinguinha nasceu em 23 de abril de 1897 no Rio de Janeiro e por volta dos 13 anos , fez a sua primeira gravação e já mostrava no estúdio a mesma segurança e tranqüilidade na flauta que tinha nas rodas de choro ao lado do Pai e irmãos, também músicos.
1917, com apenas 20 anos gravou “ Sofres porque queres ” um clássico do gênero choro. Logo depois formou o lendário grupo os oito batutas, a única orquestra que falava alto ao coração, do qual também fez parte o grande amigo Donga;
A partir de 1922 o grupo excursionou por várias partes do Brasil além da Argentina e França, fazendo grande sucesso. Nesta fase Pixinguinha não conseguia manter o mesmo padrão de coordenação com os dedos e trocou a flauta pelo saxofone.
Pixinguinha herdou a generosidade de seu Pai, que sempre recebia em sua casa os amigos que passavam por dificuldades financeiras. Uma vez, Pixinguinha fora internado no mesmo hospital em que estava sua esposa, Dona Beti , porém no dia de visita-la, ele vestia terno e gravata, como se estivesse vindo de casa, artimanhas para não preocupar a mulher.
Pixinguinha realizou uma verdadeira revolução vestindo a música com toda brasilidade que faltava , Ele se tornou simplesmente o grande arranjador musical aqui no Brasil e no exterior com mais de 120 projetos lançados em seu nome desde 1911 até os tradicionais tributos nos dias de hoje.
Um dado lastimável foi que o autor de Carinhoso, Lamento e Ingênuo sucessos avassaladores aqui no Brasil e lá fora, nunca recebeu o valor correto dos direitos autorais de suas musicas e enfrentou severos problemas financeiros nos últimos anos de vida.
Em fevereiro durante o carnaval de 1973, Pixinguinha se preparava para ser padrinho de batismo e sofreu um infarto fulminante . A banda de Ipanema se desfez rapidamente ninguém quis saber mais da folia.
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Produção
Walmir Bortoletto
Edição
Paulo Girardi