A prefeitura de Campinas vai construir piscinões para contenção de cheias na Bacia do Ribeirão Quilombo e planeja iniciar em fevereiro as obras nos bairros do entorno do manancial, como os jardins Campineiro, São Marcos, Santa Mônica e a Estrada do Pari. A licitação foi homologada no final de dezembro e a administração espera a autorização da Caixa Econômica Federal (CEF) para iniciar o trabalho orçado em R$ 19,6 milhões. O investimento integra o esforço regional para a recuperação manancial.
O quilombo, altamente poluído, nasce em Campinas, passa por Paulínia, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa e Americana, e no seu curso tem provocado desastres naturais, mortes e prejuízos materiais causados por enchentes, deslizamentos e outros acidentes resultantes de sua degradação ambiental. O projeto prevê, na primeira fase, a construção de um piscinão no Córrego da Lagoa para a contenção de cheias, numa área que pertence ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Uma segunda barragem será construída no Córrego Quilombo, em área do Exército, após a primeira ser concluída. Segundo o secretário de Infraestrutura, Pedro Leone, a previsão de entrega é de 15 meses a partir da assinatura do contrato. Ele afirma que a construção da barragem vai permitir o escoamento da água da chuva, resolvendo assim o problema de enchente registrado nos bairros próximos ao ribeirão. ”Ela contém a chuva e com isso faz com que o tempo da água para chegar mais a frente na barragem seja bem maior. Com isso, a água escoa mais facilmente e evita problemas nos bairros por onde passa o ribeirão”, explica.
As obras incluem 35,8 mil metros quadrados de pavimentação, 26 mil metros quadrados de drenagem, cerca de 4 mil de recapeamento, com sinalização viária, guias, sarjetas e 61 rampas de acessibilidade, além de rede de esgoto, de água e a barragem. O piscinão terá capacidade para 363 mil metros cúbicos de água e está projetado para receber grande quantidade de chuva. A função da barragem será controlar a velocidade do tempo de escoamento da água, para minimizar ocorrência de enchentes e dar condições de habitabilidade na região.
