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Córrego Serafim não comporta água das chuvas de verão

Foto: Danilo Braga

O Córrego Serafim, que corta toda extensão da Avenida Orozimbo Maia na área central de Campinas, não comporta mais o grande volume de água das chuvas fortes do período de verão. Um dos pontos mais críticos, nesta época das chuvas, é o entroncamento com a Rua Delfino Cintra. Por ali, não é difícil encontrar estabelecimentos comerciais com comportas de aço nas entradas para impedir a invasão das águas, como explica a comerciária Jacira Gonçalves, que já teve o seu estabelecimento inundado. “Uma vez sim. E normalmente vem bombeiro aqui resgatar carros”, conta.

A situação neste trecho da Orozimbo Maia é tão crítica que as bancas existentes perto da Maternidade de Campinas são instaladas em cima de suportes que deixam um grande vão embaixo do piso. A medida, segundo o comerciante Nelson Ambrósio, é necessária para impedir que a água invada o local ou até mesmo remova a banca. “A água vem forte e pode arrancar a banca sim”, afirma.

A confeiteira Carla Hiray mora na Avenida Orozimbo Maia. Para ela, o descaso do poder público e o lixo jogado nas ruas são alguns dos motivos para as inundações. “O governo não toma providência nenhuma. O povo tem culpa, mas a Prefeitura deveria fazer alguma coisa”, defende. O frentista Antonio Carlos trabalha há sete anos em um posto existente na avenida e já presenciou uma tragédia provocada pelo grande volume de água. “Já teve gente que morreu. E é sempre a mesma coisa: chove e alaga tudo”, alega.

Em nota, a Prefeitura informou que tem prontos os estudos técnicos sobre a necessidade de obras de macrodrenagem, que envolve os córregos das avenidas Orozimbo Maia e Princesa D’Oeste e vias do entorno, orçadas em cerca de R$ 300 milhões. A nota diz também que, desde 2017, a Administração Municipal tem tentado captar os recursos necessários para as obras junto aos governos Estadual e Federal, o que ainda não foi viabilizado. Para  finalizar, a Prefeitura explica que faz um trabalho constante de manutenção e limpeza e que o piscinão da Norte-Sul, que recebe água do córrego das Avenidas Princesa d’Oeste e da Orozimbo Maia, passa por desassoreamento duas vezes por ano.

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