Em meio a reclamações de estudantes quanto aos erros na correção do último Enem e aos atrasos na divulgação das notas, surge a preocupação com o Sisu, já que o sistema seleciona alunos para universidades federais utilizando as notas do Enem. Como reflexo do panorama, estudantes que tentam se inscrever pelo sistema estão enfrentando vários problemas. Entre eles, a dificuldade de entrar para a lista de espera na primeira opção do curso escolhido, por exemplo.
Com o objetivo de tranquilizar os candidatos, educadores recomendam calma nesta hora. De acordo com o diretor pedagógico do curso pré-vestibular da Oficina do Estudante, Jota P. Ferreira, não é bom passar por estresse neste momento da vida estudantil. Ele explica que o sistema apresenta uma série de problemas, que acredita que serão esclarecidas pelos órgãos competentes.”Os estudantes devem ter calma e paciência. Então é preciso não cair em boatos”, alerta.
O diretor pedagógico recomenda ainda ter em mente um plano alternativo. Ele explica que os estudantes que passaram também em faculdades estaduais, como USP e Unesp, precisam garantir essas matrícula , mesmo que estejam aguardando vagas nas federais, já que há essa indefinição sobre as vagas do Sisu. “É preciso garantir o que já tem na mão, como uma vaga na Usp ou na Unesp. Caso contrário, é bom já se programar para fazer um curso pré-vestibular”, diz.
Já a Unicamp não usa o Sisu como meio de seleção de estudantes, mas utiliza a nota do Enem num processo seletivo próprio para 20% das vagas. No entanto, apesar da angústia gerada com a situação, a instituição conseguiu contornar o problema e o clima é de tranquilidade na universidade.
De acordo com o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, os candidatos que usam o Enem se inscreveram entre outubro e novembro e as notas estão sendo processadas a partir das informações fornecidas pela o Inep, com expectativa de publicação dos resultados a partir da próxima semana. “Nós preferirmos ter o controle dessas informações e já estamos trabalhando nessa listagem”, conta. O Ministério da Educação informou que continua apurando as informações com a área técnica.
