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Falta da pentavalente expõe riscos e preocupa

Foto: arquivo CBN

O pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, chama a atenção para a proteção incompleta de recém-nascidos contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a uma bactéria que causa um tipo de meningite. Em falta depois que um lote do medicamento indiano comprado pelo Ministério da Saúde foi recusado por se mostrar inseguro, as doses da vacina pentavalente precisam ser tomadas pelas crianças aos dois, aos quatro e aos seis meses vida.

“Tem criança que completou dois meses e não encontra a primeira dose, tem bebê que recebeu a primeira, mas não consegue completar. E a gente sabe que proteção ideal é com as três. Então, é uma situação importante no País”, diz.

A orientação aos pais de bebês que tiveram o processo de vacinação suspenso é que regularizem a imunização assim que possível, sem a necessidade de recomeçar desde a primeira dose. O problema é que vai ser necessário esperar.

“A criança fica desprotegida até que se complete o esquema, porque não precisa recomeçar o processo. E a gente espera que esse tempo seja o menor possível para que a gente não tenha aumento de casos dessas doenças”, afirma Kfouri.

Atualmente, segundo o pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, a doença que mais preocupa é a coqueluche, que tem ocorrência ainda frequente no País e costuma afetar os recém-nascidos em muitos estados.

O Brasil demanda 800 mil doses mensais da pentavalente, mas o abastecimento está parcialmente suspenso desde julho de 2019 após o teste de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e análise da Anvisa. O ministério pediu reposição, o que não ocorreu. Mas quando os estoques forem normalizados, a promessa é que o Sistema Único de Saúde, o SUS, faça uma busca por crianças que completaram dois, quatro ou seis meses no fim de 2019.

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