As obras de canalização do córrego da Avenida Invernada, em Valinhos, não resolveram os problemas relacionados às chuvas. Somente neste início de ano, um trecho revitalizado da via registrou alagamentos por duas vezes e deixou preocupada a população que vive no local. As obras aconteceram no ano passado e a promessa era dar mais tranquilidade para as pessoas com o fim das enchentes. Mas as coisas não saíram conforme o planejado.
Almir César tem uma concessionária na avenida e disse que após as obras, o problema foi minimizado, mas não resolvido. Ele, que já perdeu 90 carros de uma vez numa enchente de 2015, disse que fica apreensivo quando chove. “É complicado porque toda vez que chove, a gente fica preocupado. O que acontece é que chove sempre no início da noite e a gente não está aqui. A gente fica acompanhando de casa pelas câmeras da loja. É tenso porque você não sabe. Já ocorreu enchente que a água subiu um metro e meio dentro da loja. Então você nunca sabe como vai ficar”, disse.
Morador de Valinhos, Isaías Avelino disse que a situação melhorou após as obras, mas as enchentes continuam acontecendo. “A água está subindo perto da faculdade. Ontem mesmo alagou ali. A reforma melhorou um pouco, mas continua tendo enchente”, afirma. A opinião é a mesma de José da Silva, que disse que depois das intervenções, a água escoa mais rapidamente, mas os problemas não foram solucionados. “Antigamente era cheio de mato e a água transbordava. Agora arrumou um pouco, mas a gente tem que ter cuidado, porque a água sempre sobe”.
Em nota, a prefeitura de Valinhos informou que a quantidade de chuva na noite de terça-feira,07, foi significativamente superior aos índices suportáveis e à média normal, com mais de 80 milímetros de água em curto espaço de tempo. Quanto às obras de canalização do Córrego da Av. Invernada, elas foram executadas pela concessionária Rota das Bandeiras, em função de um Termo de Ajustamento de Conduto (TAC) firmado em 2008 entre Ministério Público, Governo do Estado e Dersa, após a necessidade de remediação de danos ambientais causados pelas obras de abertura de trecho do Anel Viário Magalhães Teixeira que passa por Valinhos.
