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Férias aumenta risco de acidentes domésticos com crianças

O período de férias escolares, em muitos casos, significa que crianças e adolescentes vão passar mais tempo dentro de casa. E por causa disso, os pais e responsáveis devem sempre estar atentos com tudo que se passa, para evitar que acidentes graves aconteçam. Segundo médicos e especialistas, o índice de acidentes, alguns deles bem graves, sempre cresce nesta época do ano. Os cuidados são diferenciados, dependendo da faixa de idade dos pequenos. Para as crianças com até dois anos, nenhum produto que possa causar intoxicação, como remédios e produtos de higiene e limpeza, devem ficar ao alcance. E a cozinha deve ser um ambiente proibido, já que é o lugar mais perigoso de uma casa.

As crianças maiores, geralmente optam por brinquedos que podem causar algumas lesões graves, como bicicletas e patinetes. Neste caso, a orientação é que os pais sempre sigam as recomendações dos fabricantes e exijam que seus filhos usem equipamentos de proteção como capacetes e cotoveleiras. Agora, em algumas situações, o cuidado tem que ser constante e em 100% do tempo. Piscinas, baldes e bacias com água provocam afogamentos e em muitos casos, a morte da criança. O professor e pediatra do Hospital da PUC-Campinas, José Espin Neto, o afogamento de crianças é silencioso e quando os pais percebem que alguma coisa não está normal, já é tarde demais. Ele afirma que uma piscina de plástico, com 20 cm de água, pode matar uma criança de dois anos. “O evento afogamento não é cinematográfico como a gente vê sendo apresentado. Ele é silencioso. Então, a criança engatinhando, ela vai cair na água, ela vai afundar e não vai fazer barulho. Alguém tem que estar olhando a piscina o tempo todo. Baldes, bacias. Tem que ficar de olho. Alguém diz que comprou uma piscininha e que é tranquilo. Não é. Uma piscina com 20 cm de água pode provocar o afogamento de uma criança que escorrega e ainda não sabe como se proteger da situação”, explicou.

Outra situação de grave risco para as crianças, principalmente as menores, está relacionada ao engasgo. Existem manobras de salvamento específicas para cada faixa etária e uma intervenção rápida é fundamental para evitar complicações. O médico pediatra José Espin Neto disse que nessa situação, o responsável pode acessar o YouTube, que disponibiliza vídeos das técnicas que podem ser utilizadas. “Existem manobras para crianças pequenas, para adultos e para adolescentes para tirar do engasgo. Isso está facilmente disponível no YouTube. Nesse aspecto, as  redes sociais podem ajudar muito”, afirma. Em situações de ingestão de produtos tóxicos, o responsável deve entrar em contato com o Centro de Controle de Intoxicações da Unicamp, através do telefone 3521 7555.

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