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Entrada de animais em parques segue restrita

Foto: Henrique Bueno

Grande parte dos parques públicos de Campinas restringe a presença de animais domésticos em seu interior. Sem opção, os tutores acabam levando os animais para passear em áreas abertas. Não é difícil encontrar tutores e seus pets passeando nos canteiros centrais de grandes avenidas ou próximos aos parques onde a entrada dos animais é proibida.

O empresário Gustavo Freitas mora próximo ao Bosque dos Jequitibás e diariamente caminha com o seu cachorro ao redor do parque. Para ele a proibição da entrada de animais doméstico nos parques depende da estrutura do local e o bosque não a oferece. “Depende do parque. Depende da estrutura que o local pode oferecer. No caso do bosque, não tem jeito”, afirma.

O advogado Luiz Sérgio de Moraes vê com ressalvas a proibição dos pets nos parques. Para ele a responsabilidade é do tutor do animal. “Eu sinceramente não vejo razão para essa proibição. Quem levar o seu animal para passear, tem a responsabilidade sobre ele”, disse.

Apesar dos 110 hectares do Parque Ecológico de Campinas, passear com animais domésticos pelo local também é proibido. As placas com o aviso são inúmeras e estão espalhadas por todos os cantos. O aposentado Severo Franco não tem animal doméstico e acha correta a proibição. “Este local é destinado para as pessoas se divertirem. E existem muitos animais silvestres que não podem ter contato com cachorros”.

Já a dona de casa Cida Costa não concorda. Ela faz caminhada diariamente pelo local e tem que deixar seu pet em casa. “Eu acho que é errado, porque tem tanta coisa para proibir e vem com essa decisão. No shopping você pode levar seu animal, mas na praça pública não. Está errado”, acredita.

Na Lagoa do Taquaral a entrada dos pets também não é permitida. Os avisos estão fixados em todas as entradas e também no interior do parque. A enfermeira Caroline Lopes concorda com a proibição. Em sua opinião, muitos não teriam os cuidados necessário para evitar incidentes com os animais. Diante da situação ela opta em passear com o seu cachorro em áreas abertas. “Eu acho que tenho essa possibilidade, já que eu ando com meus animais perto da minha casa”.

Em abril de 2019 foi aprovada uma lei municipal para permitir a presença dos pets na área interna da Lagoa do Taquaral, mas ela ainda não foi regulamentada. Sem opção de passear com sua cachorrinha, a psicóloga Thais Antunes continua usando o entorno do parque. “Se permitisse, eu até levaria minha cachorrinha para passear lá, muito embora eu entendo os motivos da proibição”, afirma.

Na Cidade Universitária, a principal praça da Unicamp, a Praça da Paz , é aberta e acabou se tornando um ponto de encontro para os tutores e seus pets. A designer Valéria Sonza costuma ir no local com o seu cachorro nos finais de semana. “Normalmente as pessoas costumam levar seus animais no fim de semana. É uma praça com bastante grama, bastante espaço aberto. Tem um teatro de arena onde as pessoas vão e levam seus cachorros para socializar”.

De acordo com a secretaria de serviços públicos, os pets podem entrar nos parques e bosques da cidade se estiverem na guia ou na coleira, com o dono.  A Lei Municipal 15.449, de 2017, não permite que os animais fiquem soltos. A fiscalização é feita pelos funcionários dos parques.

No Bosque dos Jequitibás não é permitida a entrada de nenhum animal doméstico, nem mesmo na coleira e na guia. A medida é para evitar risco de transmissão de possíveis doenças entre os animais selvagens que vivem no local e os domésticos.

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