O decreto do governador João Doria, do PSDB, determinando a extinção de seis delegacias especializadas de Campinas, que serão substituídas por unidades da Divisão Especializada de Investigações Criminais cria uma estrutura mais enxuta, sem prejudicar a eficiência do serviço prestado à população, na análise do delegado e diretor do Deinter 2, José Henrique Ventura. A Deic de São Paulo tem circunscrição sobre todo o estado, e em especial São Paulo e Grande São Paulo.
Em Campinas, de acordo com Ventura, a nova estrutura vai permitir que toda a investigação fique concentrada em um local. O delegado explica que o decreto acaba com as DIGs, Delegacias de Investigações Gerais, a DISE, Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes, e a Deas, Delegacia de Polícia de Investigação Sobre Extorsão Mediante Sequestro.
Para ele, a estrutura mais enxuta ajuda, mas, para garantir dignidade aos policiais, será preciso realizar concursos e novas contratações. Já o presidente do Sindicado dos Policiais Civis de Campinas e Região, Kiko Aparecido, não vê nem ao menos razão para estas mudanças. Para ele, trata-se apenas de uma estratégia para iludir a opinião pública utilizando o nome conceituado da Deic. De acordo com os dados do Sinpol Campinas, o déficit de policiais no Estado é de 13 mil e, em Campinas, faltam cerca de 200 policiais civis.
