O economista do Observatório PUC-Campinas, professor Paulo Oliveira, considera que a queda de mais de 12% nas importações da China feitas em janeiro na RMC podem ter relação direta com o novo coronavírus.
Conforme a entidade, o surgimento da doença no país asiático pode ter causado o terceiro pior resultado da década e preocupa porque os chineses são os principais fornecedores da indústria da região metropolitana.
“A China representa 23% das importações da RMC e o que mais preocupa são os comunicados de empresas sobre a falta de insumos. E tudo isso é um alerta para o Brasil e para outros países que dependem da economia chinesa”, diz.
Por outro lado, o estudo do Observatório PUC-Campinas identificou aumento da exportação de medicamentos à China no primeiro mês do ano. E a explicação também é relacionada à apreensão gerada pela epidemia da doença.
Enquanto na comparação com janeiro de 2019, as importações em produtos de telefonia, compostos químicos e circuitos eletrônicos sofreram reduções, nas exportações a venda de remédios foi de quase U$S 3 milhões absolutos.
Outros dados de janeiro também não foram animadores. No geral, considerando as trocas comerciais com outros países, houve redução de 13,5% nas exportações e de 3,75% nas importações na comparação com o mesmo período de 2019.