O delegado titular do Setor de Homicídios de Campinas, Rui Pegolo, encerrou o caso do assassinato de Gustavo Henrique da Silva, de 26 anos, encontrado num barranco na Avenida Norte-Sul. As investigações apontaram que foi um agente da Guarda Municipal que efetuou o disparo contra a vítima, em legítima defesa. A ocorrência, que aconteceu na última semana de janeiro, em circunstâncias misteriosas, foi descrita pela família como um suposto assalto, porque uma pessoa telefonou de um posto de combustíveis no cruzamento das avenidas Norte-Sul e Orosimbo Maia dizendo que o celular da vítima havia sido roubado e que seria preciso buscá-lo no local.
Mas, na verdade, de acordo com as investigações, foi Gustavo que realizou tentativas de assalto na madrugada da ocorrência. Os investigadores do setor de Homicídios fizeram diligências, oitivas e análises de câmaras de vigilâncias para concluírem o caso. Ao interrogarem o frentista do posto, foram informados que naquela madrugada, Gustavo chegou embriagado ao local pedindo ajuda e um cliente do posto ligou para família. De acordo com Rui Pegolo, em vez de esperar a família, Gustavo saiu a pé, quando tentou assaltar motoristas.
Em uma destas tentativas de assalto, Gustavo acabou abordando um Guarda Municipal de folga, que de acordo com Rui Pegolo, agiu em legítima defesa. De acordo com Pegolo, o GM, que não teve o nome revelado e vai responder em liberdade, não prestou assistência, nem registrou boletim de ocorrência, porque o local era escuro e ele considerou ser prudente ir para casa, já que não teve a certeza de ter atingido o rapaz. O celular e carteira da vítima, que na versão anterior tinham sido roubados, na verdade estavam em consignação numa casa noturna, onde Gustavo não tinha conseguido pagar a conta.
