Um grupo de moradores do condomínio San Conrado entregou ao Ministério Público um abaixo-assinado com mais 52 assinaturas para serem incluídas na representação que já fizeram pedindo investigação por parte da promotoria contra crime ambiental na mata ciliar. Os moradores protestaram contra a retirada de árvores para a instalação de uma rede de esgoto para o loteamento. Eles questionam os motivos da destruição de uma parte muito grande da vegetação.
Os moradores disseram que há inconsistências, como fotos anexadas ao processo, que não mostram a vegetação mais densa e a quantidade de árvores de grande porte. Desse modo não ficou demonstrado que a Sanasa tenha atendido as condicionantes da própria licença concedida. Um dos moradores do residencial, Paulo Gil, disse que todos são favoráveis às obras, mas imaginaram que alguns cuidados seriam tomados por se tratar de uma área de proteção ambiental. “Os moradores desse pedaço aqui dentro da mata sabiam que estava passando a rede de esgoto. E todos são favoráveis ao saneamento básico. Mas nós pensamos que eles utilizariam alguma técnica para intervir com mais cuidado. Quando fomos ver, eles chegaram aqui com maquinário pesado, passando escavadeira na mata ciliar e abrindo uma verdadeira rua, com mais de quatro metros de largura”, afirma.
Em nota, a Sanasa informou que a obra da rede de esgoto no Condomínio San Conrado foi licenciada e autorizada pela Cetesb. As obras continuam no condomínio e não houve paralisação, somente uma mudança de local. A Sanasa disse ainda reconhecer o impacto ambiental, fundamentado em um estudo que prevê o plantio de 40 mil mudas no Jardim Miriam.
