Sem professores, o Centro de Educação Infantil Mauro Marcondes, no Jardim Princesa, em Campinas, segue sem receber crianças no período da tarde. A situação se arrasta desde 6 de fevereiro, quando o ano letivo deveria começar.
Quase um mês depois, no entanto, a coordenadora, que não tinha autorização para gravar entrevista, deu as mesmas informações: não há profissionais suficientes aptos para trabalhar e não há qualquer previsão para a retomada.
O local atende 66 crianças de 4 e 5 anos de idade, mas costuma ficar vazio todos os dias depois da hora do almoço porque os pais preferem entrar em contato por telefone para buscar detalhes e novidades sobre a volta ou não das atividades.
Mas a falta de educadores também é realidade na Escola Municipal de Ensino Fundamental Corrêa de Melo, no Parque Dom Pedro II, onde os alunos mais afetados são do 1º ao 4º ano. O assunto é de conhecimento dos responsáveis.
Mesmo quem acompanhava os filhos de outros anos, disse saber dos problemas. Rosana Pagini conta que os estudantes costumam ser dispensados mais cedo. Viviane Oliveira conta que os alunos mais novos não estão indo ao local.
“Às vezes chegam ao portão e precisam voltar para casa. Outras vezes, recebem ligação da escola para que venham buscar as crianças à tarde,” diz Rosana. “Do primeiro, não estão vindo mesmo. E é confirmado que realmente não tem professor e por isso o pessoal nem vem e tem pouco aluno né?”, relata Viviane.
Em nota, a Secretaria de Educação informou que já foram convocados 358 profissionais, entre professores e especialistas como coordenadores pedagógicos e supervisores educacionais, para toda a rede pública de ensino. Os novos profissionais estão em processo de nomeação para tomar posse dos cargos, incluindo as duas escolas mencionadas pela reportagem. Os alunos das unidades de ensino não serão prejudicados, já que todas as aulas serão repostas.
