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AME será usada para tratamento da doença

Foto: Divulgação

Após a confirmação do terceiro caso de coronavírus em Campinas, a prefeitura municipal informou que houve um acerto com o governo de São Paulo para a utilização do Ambulatório Médico de Especialidades para atendimento de possíveis vitimas da pandemia. Nas primeiras vezes em que a prefeitura se manifestou sobre o problema mundial de saúde, o prefeito Jonas Donizette disse que faria a solicitação ao governador João Doria, que iria inaugurar a unidade de saúde em Campinas nas próximas semanas.

“A AME, que seria inaugurada agora no começo de abril, nós estamos tentando antecipar a abertura, porque ela será o hospital do coronavírus. Nós teremos ali 35 leitos de UTI. É bastante coisa”, acredita. Os funcionários que atuarão na AME pertencem a uma Organização Social que já presta serviços em Campinas e que foi escolhida por licitação.

Além disso, Campinas deve decretar estado de emergência ainda nesta quarta-feira, 18. Segundo a administração municipal, na prática já foram tomadas todas as medidas necessárias para esse tipo de situação. O secretário de negocios jurídicos, Peter Panuto explica que a publicação do estado de emergência no Diário Oficial permite que a prefeitura faça compras de equipamentos de proteção individual sem a necessidade de licitações. “Com relação ao decreto de emergência, nós já vivemos em Campinas uma situação dessas. A decretação da emergência seria um aspecto formal para que a prefeitura pudesse ter segurança na compra de EPIs e de testes para coronavírus”, afirma.

Entre outras providências, o prefeito informou que existem laboratórios particulares com dívidas com o município. Deste modo, a administração estuda a criação de um decreto ou de um projeto de lei em regime de urgência na Câmara de Campinas, para que esses laboratórios quitem seus débitos com o município realizando testes de coronavírus na população.

“Eu já pedi ao Dr Panuto que elaborasse em caráter de urgência um decreto ou um PL, sobre os laboratórios com dívidas com a prefeitura. Deste modo eu vou permitir que esses laboratórios paguem suas dívidas com prestação de serviços”, garantiu. A medida é necessária para desafogar o Instituo Adolfo Lutz, que acumula a realização dos testes e, consequentemente, tem demorado a divulgar os resultados.

A prefeitura decidiu também pelo fechamento de todas as praças públicas de Campinas, incluindo a Lagoa do Taquaral. Segundo o prefeito Jonas Donizette, a medida pretende reforçar na população a necessidade de que todos fiquem em casa durante a fase crítica da pandemia. “Eu decretei o fechamento de todas as praças públicas, inclusive a Lagoa do Taquaral. Então vamos fazer o fechamento de todas as praças. É mais para as pessoas ficarem em casa”, disse.

A prefeitura de Campinas enviou ainda um ofício ao presidente Jair Bolsonaro para que possa fechar o Aeroporto Internacional de Viracopos. Segundo o chefe do executivo, a decisão não cabe ao município. De todo modo, Jonas Donizette demonstrou preocupação com a postura do presidente, que se mantém reticente em tomar decisões que possam interferir na economia do país. “Eu mandei um ofício ao presidente da República pedindo. Eu nao tenho autoridade para isso. O presidente está muito reticente em paralisar as atividades econômicas. Eu entendo isso, mas se a Europa fechou, se os EUA fecharam, eu entendo que seria necessário”, garante.

A prefeitura lançou ainda um hotsite sobre o coronavírus. Na ferramenta, o município divulga todas as medidas tomadas pelo comitê criado para o enfrentamento da doença e também as informações sobre os casos confirmados e suspeitos. O hotsite pode ser acessado através do endereço eletrônico covid-19.campinas.sp.gov.br.

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